Geoffrey C. Gunn em “Timor Loro Sae 500 anos” ed. Livros do Oriente, 1999 afirma (pp. 16-17, 176-189:
Em 1861,a 10 de Junho o Governador declarou o estado-de-emergência em Díli e distribuiu armas aos cidadãos enquanto preparava a defesa da cidade. A situação era tão grave que até mesmo o capitão China foi convocado para “armar todos os chineses, seus filhos e os escravos”. O Governador podia contar também com o apoio de 40 “fundus”, ou soldados indianos, exilados em Timor em consequência da sua deserção das Forças Armadas britânicas depois da Revolta dos Cipaios em 1857. Embora Castro tenha tomado a precaução de pedir reforços a Goa, em tropas e mantimentos, sabia que estes demorariam a chegar
De 1911 a 1917 foi introduzida uma nova taxa sobre a produção de copra. A introdução destas medidas, em especial a utilização de trabalho escravo, criou um grande ressentimento entre os timorenses. Houve reinos que se uniram sob a liderança dum “Liurai” do distrito de Manufai (Same) chamado Dom Boaventura. A rebelião durou dezasseis anos culminando numa revolta que abarcou toda a colónia durante dois anos, de 1910 a 1912. Os portugueses foram forçados a trazer tropas de Moçambique e uma lancha canhoneira de Macau. As forças de Dom Boaventura foram destroçadas em Agosto de 1912. Um jornal australiano, o “Angus”, de Melbourne, escrevia que mais de três mil timorenses foram mortos e quatro mil capturados.´
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