..................La misma la migración se llevó a cabo en Brasil, donde las tripulaciones asiáticas de centenares o incluso miles, incluendo chinos, árabes, indios, malayos, ceilaneses, y javanéses, embarcados en buques e Portuguéses, Ingléses, francéses y neerlandés , un gran número de buques para elegir y permanecer en las costas brasileñas 25.Uno de ellos fué un marinero chino llamado Xie Qinggao que fué miembro de la tripulación de un barco portugués en 1782 entre un 1796; hizo uno de los primeros de un chino a Brasil 26. En nueva España, algunos asiáticos ,como en Brasil , se asentaron como esclavos, empleados domésticos y contratos como trabajadores. Esclavos chinos fueron llevados a las minas de oro de Minas Gerais en el XVIII. Trabajadores agrícolas chinos llegaron en un número cada vez mayor a lugares como Bahía y Pernambuco a finales del XVIII y principios de XIX 27.
fuente:The Arts in Latin America, 1492-1820 Escrito por Joseph J. Rishel, Suzanne L. Stratton, Philadelphia Museum of Art (pag 61) http://books.google.es/books?id=kKEbug3uVWUC
XIE QING GAO E PORTUGAL
Zhang Wen Qin*
Xie Qing Gao1 (1765-1821), navegador do Século XVIII, foi o primeiro chinês a apresentar suas experiências, directas e indirectas, em viagens a países estrangeiros aos seus compatriotas.2 O livro intitulado Hai lu [Registos marítimos], crónica de viagens narrada por Xie Qing Gao, faz referências a 95 países e regiões em que Xie esteve ou que ouviu falar, durante os 14 anos de sua actividade no mar, de 1782 a 1796.
Xie Qing Gao era natural de Jin Pan Bao, na região de Jia Ying Zhou (hoje distrito Mei), província de Guangdong. Em criança, era inteligente, tendo vastos conhecimentos e boa memória. Quando estava mais crescido, acompanhou um comerciante que o havia introduzido nos negócios à ilha de Ainão, aí estabelecendo-se. No ano em que completou 18 anos, o navio em que viajava afundou-se, apanhado por forte tempestade. Foi salvo por um barco comercial estrangeiro, através do qual começou a negociar para além fronteiras.
Todos os anos, navegava entre os países costeiros orientais e ocidentais, aprendendo as línguas, conhecendo e retendo na memória os nomes das ilhas e fortalezas, assim como os hábitos, costumes e produtos dos locais por onde passava. Mais tarde, após perder a capacidade visual, estabeleceu-se em Macau.
Na Primavera de 1820, Yang Bing Nan, um juren (grau dado aos que, durante a dinastia Qing, haviam passado no exame provincial) conterrâneo de Xie, encontrou-o em Macau. Ouvindo-o contar sobre o que tinha visto e ouvido nos países estrangeiros, logo apercebeu-se do valor dessas informações. Yang delas fez apontamentos que coligiu nos Registos marítimos.
Entre os 95 países e regiões apresentados nesta narrativa, encontram-se o Sueste Asiático, a índia, a Europa, a América, a África, a Oceania e as ilhas do Pacífico. Naquela altura, a China encontrava-se em finais do período feudal, numa época de auto-isolamento e afastamento do resto do mundo. Registos marítimos fala sobre a situação dos países estrangeiros, sobretudo dos países ocidentais, pelo que despertou, na China, a atenção dos homens cultos, lúcidos e de ideias avançadas, que desejavam conhecer o Mundo. Quando Lin Ze Xu, mandarim de alta hierarquia, dirigiu, em Guangdong, a luta anti-inglesa de proibição do ópio, leu Registos marítimos3 e dele comenta que "relatava, de maneira relativamente pormenorizada, os assuntos estrangeiros".4
....................No Século XVIII, por falta de mão-de-obra, era frequente os navios comerciais ocidentais recrutarem chineses para marinheiros, quando vinham à China fazer negócios. Quando embarcou pela primeira vez naquele navio, Xie tinha apenas 18 anos. Era muito provável que trabalhasse como marinheiro. Os navios comerciais estrangeiros permitiam aos seus marinheiros dedicaremse a pequenas transacções particulares. Pode-se supor também que, ao atingir a maioridade e às custas de algumas economias, Xie exercesse algum comércio ou ajudasse aos comerciantes portugueses, aproveitando-se de seus bons conhecimentos linguísticos e geográficos; donde a possibilidade de, mais tarde e em Macau, "dedicarse ao comércio para sustentar-se"........continúa ..... http://www.library.gov.mo/macreturn/DATA/PP301/index.htm
NOTAS
1 Xie Qing Gao é pronúncia do mandarim. Em dialecto cantonense, este nome é pronunciado Che Cheng Kou. Neste texto, todas as transliterações são feitas pelo sistema pinyin, segundo a pronúncia do mandarim. -- Nota da Tradutora.
2 Sobre a afirmação aqui constante de ser da lavra de Xie Qing Gao a primeira crónica de viagens chinesa sobre Portugal e os mares e países ocidentais, aconselhamos e remetemos o leitor para o nº 21 da "Revista de Cultura", na íntegra dedicada à história e acção dos Jesuítas na China. Especificamente para os textos de Paul Rule, Louis Fan Shouyi e Macau, pág. 243, e de Manuel Teixeira, O túmulo de um jesuíta, embaixador imperial, pág. 250.
Muito antes de Xie Qing Gao, terá sido Fan Shouyi o autor do único grande relato de viagem de um chinês à Europa até ao Séc. XVIII, à semelhança do que aconteceu com os quatro delegados dos dáimios japoneses no último quartel do Séc. XVI.
Acompanhando o Pe. Provana, enviado do Imperador Kangxi ao Papa em defesa dos Jesuítas na Questão dos Ritos, chegou a Lisboa em 1708 e iniciou a viagem de regresso em 1719. Passou pela Baía, Lisboa, Génova e Roma. Depois da morte de Provana, no cabo da Boa Esperança, foi ele o grande relator ao Imperador do que observou na Europa em onze anos. Deixou as suas impressões de viagem no Shen jian lu [Um relato do que eu vi]. Ele é, segundo Paul Rule, "o autor do mais antigo relato sobre a Europa, feito por um chinês, que chegou até nós". -- Nota da Redacção.
3 XIE Qing Gao, Hai lu [Registos marítimos], anot. por Yang Bing Nan, Yuedong, 1820, xilografado.
4 LIN Ze Xu, Lin Ze Xu ji: zou gao zhong [Obras de Lin Ze Xu: memoriais apresentados ao Imperador], China, 1965, parte 2, p. 680.
Fan Shouyi(1652-1753): (pag 82) The Great Encounter of China and the West, 1500-1800 ,Escrito por David E. Mungello http://books.google.es/books?id=9x3vE0UMPkMC
Zhang Wen Qin*
Xie Qing Gao1 (1765-1821), navegador do Século XVIII, foi o primeiro chinês a apresentar suas experiências, directas e indirectas, em viagens a países estrangeiros aos seus compatriotas.2 O livro intitulado Hai lu [Registos marítimos], crónica de viagens narrada por Xie Qing Gao, faz referências a 95 países e regiões em que Xie esteve ou que ouviu falar, durante os 14 anos de sua actividade no mar, de 1782 a 1796.
Xie Qing Gao era natural de Jin Pan Bao, na região de Jia Ying Zhou (hoje distrito Mei), província de Guangdong. Em criança, era inteligente, tendo vastos conhecimentos e boa memória. Quando estava mais crescido, acompanhou um comerciante que o havia introduzido nos negócios à ilha de Ainão, aí estabelecendo-se. No ano em que completou 18 anos, o navio em que viajava afundou-se, apanhado por forte tempestade. Foi salvo por um barco comercial estrangeiro, através do qual começou a negociar para além fronteiras.
Todos os anos, navegava entre os países costeiros orientais e ocidentais, aprendendo as línguas, conhecendo e retendo na memória os nomes das ilhas e fortalezas, assim como os hábitos, costumes e produtos dos locais por onde passava. Mais tarde, após perder a capacidade visual, estabeleceu-se em Macau.
Na Primavera de 1820, Yang Bing Nan, um juren (grau dado aos que, durante a dinastia Qing, haviam passado no exame provincial) conterrâneo de Xie, encontrou-o em Macau. Ouvindo-o contar sobre o que tinha visto e ouvido nos países estrangeiros, logo apercebeu-se do valor dessas informações. Yang delas fez apontamentos que coligiu nos Registos marítimos.
Entre os 95 países e regiões apresentados nesta narrativa, encontram-se o Sueste Asiático, a índia, a Europa, a América, a África, a Oceania e as ilhas do Pacífico. Naquela altura, a China encontrava-se em finais do período feudal, numa época de auto-isolamento e afastamento do resto do mundo. Registos marítimos fala sobre a situação dos países estrangeiros, sobretudo dos países ocidentais, pelo que despertou, na China, a atenção dos homens cultos, lúcidos e de ideias avançadas, que desejavam conhecer o Mundo. Quando Lin Ze Xu, mandarim de alta hierarquia, dirigiu, em Guangdong, a luta anti-inglesa de proibição do ópio, leu Registos marítimos3 e dele comenta que "relatava, de maneira relativamente pormenorizada, os assuntos estrangeiros".4
....................No Século XVIII, por falta de mão-de-obra, era frequente os navios comerciais ocidentais recrutarem chineses para marinheiros, quando vinham à China fazer negócios. Quando embarcou pela primeira vez naquele navio, Xie tinha apenas 18 anos. Era muito provável que trabalhasse como marinheiro. Os navios comerciais estrangeiros permitiam aos seus marinheiros dedicaremse a pequenas transacções particulares. Pode-se supor também que, ao atingir a maioridade e às custas de algumas economias, Xie exercesse algum comércio ou ajudasse aos comerciantes portugueses, aproveitando-se de seus bons conhecimentos linguísticos e geográficos; donde a possibilidade de, mais tarde e em Macau, "dedicarse ao comércio para sustentar-se"........continúa ..... http://www.library.gov.mo/macreturn/DATA/PP301/index.htm
NOTAS
1 Xie Qing Gao é pronúncia do mandarim. Em dialecto cantonense, este nome é pronunciado Che Cheng Kou. Neste texto, todas as transliterações são feitas pelo sistema pinyin, segundo a pronúncia do mandarim. -- Nota da Tradutora.
2 Sobre a afirmação aqui constante de ser da lavra de Xie Qing Gao a primeira crónica de viagens chinesa sobre Portugal e os mares e países ocidentais, aconselhamos e remetemos o leitor para o nº 21 da "Revista de Cultura", na íntegra dedicada à história e acção dos Jesuítas na China. Especificamente para os textos de Paul Rule, Louis Fan Shouyi e Macau, pág. 243, e de Manuel Teixeira, O túmulo de um jesuíta, embaixador imperial, pág. 250.
Muito antes de Xie Qing Gao, terá sido Fan Shouyi o autor do único grande relato de viagem de um chinês à Europa até ao Séc. XVIII, à semelhança do que aconteceu com os quatro delegados dos dáimios japoneses no último quartel do Séc. XVI.
Acompanhando o Pe. Provana, enviado do Imperador Kangxi ao Papa em defesa dos Jesuítas na Questão dos Ritos, chegou a Lisboa em 1708 e iniciou a viagem de regresso em 1719. Passou pela Baía, Lisboa, Génova e Roma. Depois da morte de Provana, no cabo da Boa Esperança, foi ele o grande relator ao Imperador do que observou na Europa em onze anos. Deixou as suas impressões de viagem no Shen jian lu [Um relato do que eu vi]. Ele é, segundo Paul Rule, "o autor do mais antigo relato sobre a Europa, feito por um chinês, que chegou até nós". -- Nota da Redacção.
3 XIE Qing Gao, Hai lu [Registos marítimos], anot. por Yang Bing Nan, Yuedong, 1820, xilografado.
4 LIN Ze Xu, Lin Ze Xu ji: zou gao zhong [Obras de Lin Ze Xu: memoriais apresentados ao Imperador], China, 1965, parte 2, p. 680.
Fan Shouyi(1652-1753): (pag 82) The Great Encounter of China and the West, 1500-1800 ,Escrito por David E. Mungello http://books.google.es/books?id=9x3vE0UMPkMC
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