Prisioneiro dos franceses na atual Ilha Maurício, ele foi autorizado a embarcar para o Brasil, levando sementes e mudas de plantas aclimatadas na ilha. Uma outra situação poderia indicar a existência de um movimento contínuo de chineses de Macau. Trata-se de uma estratégia para o desenvolvimento da cultura do chá no país. O objetivo era abastecer o mercado europeu, especialmente o inglês, e para isso fez-se vir homens e mudas de chá, que foram estabelecidos no jardim botânico e depois também em Santa Cruz, ex-fazenda jesuíta, hoje um bairro do Rio de
Janeiro (Moura 1973b : 5). Rugendas, que visitou e retratou a região por volta de 1820, localiza trezentos chineses cultivando cerca de seis mil arbustos no jardim botânico. Sua gravura descreve uma área atrás do Corcovado, à beira da lagoa Rodrigo de Freitas, perto do jardim das
Plantas. Segundo o ilustrador, só a Inglaterra importava da China três milhões de libras de chá. Rugendas defende que se a Inglaterra paga à China em metais pelo chá, « o Oriente é o abismo devorador de quase todos os metais preciosos exportados da América para a Europa » (ibid. : 9).
http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/dore.pdf.
GRABADO,Detalle:“Plantação de Chá no Jardim Botânico” do artista Johan Moritz Rugendas retrata os chineses fazendo o cultivo do chá no parque, no século XVIII.
Lusophonies asiatiques, Asiatiques en lusophonies - Página 224de Centre national de la recherche scientifique (France), Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses - 2001 - 764 páginas
Um senador de Macau, Rafael Botado de Almeida, também foi ao Brasil em 1809
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