miércoles, 7 de enero de 2009

Os Macaenses no Brasil

grabado:Coolies embarking at Macao. (1880-1905). http://digitalgallery.nypl.org/nypldigital/id?833691
Apenas como ilustração, há estudos que indicam que a influência oriental no Brasil era bastante forte até o início do século XIX . É Júlio Bandeira, um estudioso do assunto, quem afirma que a partir daquele período essa influência foi abafada pelas francesa e britânica. Já nas primeiras
expedições pelo interior do país os bandeirantes faziam uso de ervas chinesas
, assim como da medicina chinesa. A Igreja da Nossa Senhora da Expectação do Parto, ou Nossa Senhora do Ó, fundada em Sabará, Minas Gerais, no início do século XVIII é um outro exemplo. Obra representativa do barroco mineiro, a igreja tem seus painéis pintados com motivos chineses e a maioria dos personagens bíblicos é representada com olhos amendoados ou orientais, inclusive os animais. Para o século XIX , uma das fontes mais utilizadas para o estudo das relações entre o Brasil e Macau é constituida pelas crônicas do padre Perereca. Cônego da capela real, o padre Luís Gonçalves dos Santos, que morreu em 1844 (1767-1844), panfletário e polemista, teve suas memórias editadas pela primeira vez em Lisboa em 1825. Nelas lê-se que em 1810, D. João VI, que havia dois anos se instalara no Brasil, concedeu isenção de direitos para os produtos da China vindos diretamente de Macau. O Perereca incitava, nos lembrando António Vieira e sua Companhia das Indias ocidentais : « se o Rio de Janeiro e a Baía forem os interpostos das
mercadorias da China, que lucros se não podem esperar para o futuro deste ramo do comércio asiático » (Moura 1973a : 8).
O cronista faz duas referências aos chineses no Brasil. Ele afirma que, com a abertura dos « portos às nações amigas », assinado em 28 de janeiro de 1808, « em grande quantidade [os chineses] vieram de Macau para o Rio de Janeiro » e também observa a presença de chineses nas cerimônias de coroação e aclamação de D. João VI no Rio (Moura 1973a : 11).

http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/dore.pdf

No hay comentarios: