Já o Pe. Pêro Fernandes não parece ter sido muito bem sucedido no seu navio, no que diz respeito ao apaziguamento dos ânimos. De facto, na nau Santo António, em 1564, ele próprio afirma que “hum homem honrrado recebeo huma grande cutilada pollo rosto”, e “outro homem, de pouca calidade, deu a outro soldado honrado huma ma facada, da qual, por ser em a ilharga, cuidavão que morresse”; finalmente, “hum homem honrrado, riquo, esta em grande maneira agravado de outro homem que ho havia espancado, sem rezão” (Rêgo, vol. IX, 1953, págs. 336 e 337).
Curiosa é a justificação apresentada nas Décadas da Ásia para os abundantes desacatos acontecidos na armada de 1560: “Como a gente da armada era muita e andava ociosa, começaram-se a atear em brigas huns cos outros e haver desafios particulares de feição que se mataram mais de cincoenta homens” (cit. por Fonseca, 1926, pág. 353).
http://group.xiconhoca.com/2008/12/05/a-vida-a-bordo-nas-naus-da-carreira-da-india/
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