martes, 20 de enero de 2009

Ocupación de Timor

dibujo:Coolis embarcando en Macao-1885-1905


A partir de cerca de 1640, portanto, a presença portuguesa em Timor começa a crescer de forma relevante, de resto sem grande oposição dos habitantes da ilha. Poucos anos antes, em 1636, a chegada ao litoral timorense de frei Rafael da Veiga tinha marcado o início de uma missionação mais consequente, embora os religiosos dominicanos nunca se livrassem totalmente da fama – e talvez do proveito ! – de se envolverem no tráfico de sândalo. Mais uma vez, interesses espirituais e materiais caminhavam lado a lado. Cinco anos mais tarde existiriam em Timor vinte e duas igrejas, onde missionavam exclusivamente os frades de São Domingos. E um pouco antes de 1645, um outro religioso da mesma ordem, frei António de S. Jacinto, dirigia a construção de um forte português em território timorense, na região de Cupão, na extremidade ocidental da ilha, onde parece ter-se então desenvolvido o primeiro estabelecimento português permanente.
http://www.lusotopie.sciencespobordeaux.fr/loureiro,%20p.pdf
TIMOR LORO SAE DA DESCOBERTA À INVASÃO INDONÉSIA
Autor : A. Monge da Silva , Sócio da AMOC
O Povo, a Língua e a Organização

Basicamente, o povo é uma mistura pouco homogénea de raças melanésia e malaia. Há depois muita mistura de sangue Português, Africano, Indiano(de Goa), Chinês e outros; há até uma ilógica tribo ruiva.
A Presença Estrangeira
As primeiras referências sobre Timor vêm de escritos chineses de 1225 que se referiam ao sândalo aí produzidos. Os Portugueses chegaram à zona em 1515, mas, só em 1556, os frades Dominicanos fundam uma colónia e um forte em Lamaquera nas ilhas de Solor. Posteriormente, alargam a sua influência à ilha das Flores fundando outro forte em Larantuca. Em 1642 os mesmos frades estabelecem-se em Cupão (Kupang) na ilha de Santa Cruz, mais tarde chamada Timor.
Formaram-se nestes fortes grandes comunidades de Portugueses mestiços. Para além da "força do sangue" Português, havia uma política régia de fomento ao casamento inter raças; até os misisonários deram grande ajuda. A estes Portugueses mestiços era dado o nome de Portugueses pretos ou topasses (do Malaio, o que fala duas línguas).
Entretanto chegaram à zona os Holandeses, que tomam a ilha de Solor(1636) e a fortaleza de Cupão em Timor(1653), ficando a ilha das Flores a ser o principal centro do comércio Português. Solor muda de mão várias vexes. Quando em 1642 Malaca é tomada pelos Holandeses, os topasses que aí residiam estabelecem-se em Larantuca, na ilha das Flores e em Macáçar, nas ilhas Celébes.
Em 1629 são referenciadas em Larantuca duas importantes famílias topasses: A de Jan d'Hornay, desertor Holandês, e a família Costa, que depois se mudaram para Timor e deram origem a várias linhagens de régulos.
Guerra Ritual (Funu). As Revoltas
...............De 1719 a 1769 dá-se a rebelião de Cailaco, uma revolta de topasses contra o domínio Português. Os topasses com o apoio de vários régulos, entrincheiram-se nas "Pedras de Cailaco", uma fortaleza natural a 2.000 metros de altitude onde nascem os rios Lois, Marobo e Lau-Heli. Chuvas torrenciais obrigam os Portugueses a levantar o cerco mas alguns dos reis cercados aceitam a derrota, juram fidelidade e passam a pagar as fintas (impostos em géneros).
http://oecussi.no.sapo.pt/

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