ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS NARRADORES DE
MOÇAMBIQUE NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
Não é escusado afirmar que essa literatura de viagens sobre Moçambique produzida pelos europeus, mas também por outros povos 123, constitui-se num território de conflitos e convergências, em termos não apenas limitados aos aspectos literários . Os narradores estudados apresentam origens, formações e funções bastante distintas. Alguns são funcionários administrativos, outros são cientistas; a maior parte é portuguesa, mas também se encontram goeses e brasileiros; alguns possuem formação superior. No entanto, seus escritos possuem uma clara ligação ou conexão com o “espírito da época”, ou seja, com as idéias e práticas em circulação na segunda metade do século XVIII – denominado por Jurgen Habermas como opinião pública.
123O mosaico cultural moçambicano tem as contribuições de três grupos: os portugueses, a tradição oral dos bantu, e os suahílis (árabes), dos quais lembramos a título de exemplo, um dos mais antigos e belos poemas sobre Sofala, de alegada autoria de Ahmad Ibn- Majid, a quem se atribui fantasiosamente ter sido o piloto árabe de Vasco da Gama, intitulado As-Sufaliyya
http://www.poshistoria.ufpr.br/documentos/2006/Joserobertobportella.pdf.
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