jueves, 27 de noviembre de 2008

Mercaderes Baneanes en el tráfico de esclavos -Isla de Mozambique



A partir do final do século XVIII, os mercadores baneanes, possuidores de grandes recursos de capital, vão inserir-se fortemente no lucrativo tráfico de escravos, operando a partir de Moçambique principalmente como armadores.321
Em 1793, havia 13 comerciantes baneanes bem abastados na Ilha de Moçambique, proprietários de várias casas e armazéns, além de muitos baneanes e muçulmanos indianos, que forneciam escravos para as forças militares portuguesas.322 Esta era uma situação que gerava uma forte dependência das autoridades portuguesas em relação tanto aos baneanes, como aos suahílis, colocando o problema da vulnerabilidade do Estado.
A preocupação das autoridades portuguesas em relação a esses grupos se devia ao reconhecimento de que os baneanes, para além das divergências religiosas e culturais, controlavam a economia, e os suahílis formavam a maior parte das tripulações dos navios costeiros, tal como relata o governador dos Rios de Sena, João Baptista de Montaury,
António Pinto de Miranda reitera, em sua memória, o desejo de ver os baneanes até mesmo desaparecerem, tendo em vista a rivalidade com os portugueses no domínio das atividades comerciais.

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