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miércoles, 15 de julio de 2009

Escravos Moçambiques nas Indias Orientais e América Portuguesa



A administração da África Oriental Portuguesa na segunda metade
do século XVIII: Notas para o estudo da região de Moçambique
Portuguese East Africa administration during the second half of the 18th Century
Ana Paula Wagner1
anapwagner@gmail.com
................No que diz respeito aos locais de exportação dos escravos, no século XVIII, estes poderiam ser encaminhados para o Oriente; pela Índia, os cativos de Moçambique chegaram a Goa, Damão, Diu, Macau e Timor. O volume de escravos exportados para estas localidades era
considerado baixo, se comparado com os números das rotas da África Ocidental para a América Portuguesa (Capela, 2002, p. 65). Um dos fatores para esta baixa procura por cativos de Moçambique, em certa medida, deveu-se ao acesso à mão-de-obra mais barata que os escravos enviados da África Oriental.
É importante também destacar que, segundo José Capela, muitos dos escravos saídos dos portos de Moçambique não se destinaram apenas aos territórios sob posse portuguesa na Ásia; do mesmo modo, foram enviados para algumas colônias francesas, como a Ilha Maurícia, além de Havana, Montevidéu e Cabo da Boa Esperança (Capela, 2002, p. 64)16. Já o tráfico para a América Portuguesa só passou a existir depois da década de 90 do século XVIII.


jueves, 27 de noviembre de 2008

MOÇAMBIQUE-Após a independência administrativa de Goa em 1752


A desestabilização ocorrida no reino português trazida pelas invasões francesas foi profunda e trouxe consequências diretas para suas colônias. As novas correntes de pensamento vão atingir inclusive Moçambique, embora com fraca expressão política. As idéias reolucionárias foram veiculadas, mais em razão do contato comercial existente com os franceses que habitavam as ilhas vizinhas do Oceano Índico – o arquipélago das Mascarenhas, composto pelas Ilha de França ou Maurícias e Ilha de Bourbon ou Reunião -, do que através das naus portuguesas ou dos barcos brasileiros que se dedicavam ao tráfico de escravos com a América.188
As idéias revolucionárias francesas seguiam determinadas trajetórias, e como conclui José Capela, circulam no mesmo sentido das rotas do tráfico negreiro que passavam pela costa oriental africana, isto é, pela via França (Nantes, Bordéus e Marselha)-Índico (Moçambique e Maurícias)-América (São Domingos e Brasil)190.
As estreitas relações comerciais mantidas entre Moçambique e a colônia francesa datavam da segunda década dos Setecentos. Os contatos regulares eram principalmente com o arquipélago das Querimbas e a Ilha de Moçambique.191 Por conta destas relações havia um entendimento cordial com a troca regular de correspondências amistosas entre os governadores das duas colônias, dados os interesses recíprocos existentes.192.
Afora alguns episódios hostis resultantes da atividade de corso pelos franceses, a tônica do relacionamento entre os governadores de Moçambique e das Mascarenhas, durante as guerras napoleônicas, pautou-se por gestos de cooperação, contrariando, por muitas vezes, as políticas das potências européias envolvidas no conflito.
É exemplar desta atitude, o envio para a Ilha de França em 1797, dos marinheiros feitos prisioneiros pela captura de seis navios franceses. Esta devolução foi acompanhada de correspondência do governador de Moçambique solicitando que os franceses envidassem esforços mais decisivos no sentido de ser banida a guerra de corso e evitar-se a repetição de tais situações. Assim como, a correspondência do governador da Maurícias para seu homólogo moçambicano, comunicando-o da proclamação de paz entre os dois países metropolitanos.196
Uma vez terminada a guerra com os franceses, foram normalizadas e reatadas as relações comerciais, inclusive com a abertura dos portos das duas nações à navegação mercantil. O comércio com as Mascarenhas teve continuidade até 1873, com os 3 a 4 barcos franceses que freqüentavam os portos moçambicanos, transportando cerca de 1500 escravos a cada ano.197
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/7418/1/JRBPortella_tese.pdf