Um Titã da Capoeiragem –Plácido de Abreu
Por Jair Moura
Coelho Neto, em O Nosso Jogo, capítulo incluído no volume Bazar (Porto, Livraria Chardron, 1928), relembra capoeiras famosos das camadas populares que, com o seu destemor, a sua impetuosidade, investiam contra policiais e transeuntes que fugiam atemorizados, ao se defrontarem com Boca-Queimada, Manduca da Praia, Trinca-Espinha ou Trindade. Nessa época, vultos salientes na política, no magistério, nas forças armadas, também cultivavam esportivamente a capoeiragem, como Duque Estrada Teixeira, o capitão Ataliba Nogueira, os tenentes Lapa e Leite Ribeiro, Antonico Sampaio, aspirante da Marinha e, o grande diplomata, José Maria da Silva Paranhos Filho, Barão do Rio Branco. Continuando a discorrer sobre o assunto enfocado, escreve Coelho Neto: “A tais heróis, sucederam outros: Augusto Melo, o cabeça de ferro; Zé Caetano, Braga Doutor, Caixeirinho, Ali Babá e, sobre todos, o mais valente, Plácido de Abreu, poeta, comediógrafo e jornalista, amigo de Lopes Trovão, companheiro de Pardal Mallet e Bilac no O Combate, que morreu, com heroicidade de amouco, fuzilado no túnel de Copacabana, e só não dispersou a treda escolta, apesar de enfraquecido, como se achava, com os longos tratos na prisão, porque recebeu a descarga pelas costas, quando caminhava na treva, fiado na palavra de um oficial de nome romano. Caindo de encontro às arestas da parede áspera, ainda soergueu-se, rilhando os dentes, para despedir-se com uma vilta dos que o haviam covardemente atraiçoado. Eram assim os capoeiras de então.” Do acervo bibliográfico de Plácido de Abreu, anotado por Sacramento Blake, citaremos: “A República dos Caloteiros: comédia em dois atos, dedicada ao ator F. Correia Vasques. Rio de Janeiro, 1878. A Crápula: poema realista, dedicado ao Ilmº Sr. Dr. Lopes Trovão, Rio de Janeiro, 1880.”
http://www.revistacapoeira.com.br/site/index.php?m=historia&id=143
Por Jair Moura
Coelho Neto, em O Nosso Jogo, capítulo incluído no volume Bazar (Porto, Livraria Chardron, 1928), relembra capoeiras famosos das camadas populares que, com o seu destemor, a sua impetuosidade, investiam contra policiais e transeuntes que fugiam atemorizados, ao se defrontarem com Boca-Queimada, Manduca da Praia, Trinca-Espinha ou Trindade. Nessa época, vultos salientes na política, no magistério, nas forças armadas, também cultivavam esportivamente a capoeiragem, como Duque Estrada Teixeira, o capitão Ataliba Nogueira, os tenentes Lapa e Leite Ribeiro, Antonico Sampaio, aspirante da Marinha e, o grande diplomata, José Maria da Silva Paranhos Filho, Barão do Rio Branco. Continuando a discorrer sobre o assunto enfocado, escreve Coelho Neto: “A tais heróis, sucederam outros: Augusto Melo, o cabeça de ferro; Zé Caetano, Braga Doutor, Caixeirinho, Ali Babá e, sobre todos, o mais valente, Plácido de Abreu, poeta, comediógrafo e jornalista, amigo de Lopes Trovão, companheiro de Pardal Mallet e Bilac no O Combate, que morreu, com heroicidade de amouco, fuzilado no túnel de Copacabana, e só não dispersou a treda escolta, apesar de enfraquecido, como se achava, com os longos tratos na prisão, porque recebeu a descarga pelas costas, quando caminhava na treva, fiado na palavra de um oficial de nome romano. Caindo de encontro às arestas da parede áspera, ainda soergueu-se, rilhando os dentes, para despedir-se com uma vilta dos que o haviam covardemente atraiçoado. Eram assim os capoeiras de então.” Do acervo bibliográfico de Plácido de Abreu, anotado por Sacramento Blake, citaremos: “A República dos Caloteiros: comédia em dois atos, dedicada ao ator F. Correia Vasques. Rio de Janeiro, 1878. A Crápula: poema realista, dedicado ao Ilmº Sr. Dr. Lopes Trovão, Rio de Janeiro, 1880.”
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