jueves, 6 de agosto de 2009

Infuencia Asiática en el ejercito y la vida civil (Portugal Colonial)

Recorte libro: pag 30 .
O Jardim de D. João Escrito por Rosa Nepomuceno. http://books.google.es/books?id=rBaDCA5sheEC&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false
Recorte libro: (pag 109)Glossário luso-asiático Escrito por Sebastião Rodolfo Dalgado. http://books.google.com/books?id=zOufgbY8TbsC&printsec=frontcover&hl=es&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false
O papel das tropas locais e dos “casados” no seio da organização militar portuguesa no Oriente (séc. XVI).
Por : Vitor Luís Gaspar Rodrigues


.............A importância das tropas locais é atestada, ainda, pelos grandes contingentes que anualmente embarcavam nas armadas portuguesas destinadas a vigiar e controlar as rotas comerciais do Índico ou organizadas com a finalidade de proceder à conquista de novas praças, estando presentes em elevado número nas principais refregas militares da governação de Afonso de Albuquerque - conquista de Goa, Malaca, Ormuz e no ataque a Adém.
Com a expansão do “Estado da Índia” para novas áreas e a falta crescente de homens de armas portugueses, provocada pela não renovação dos elementos entretanto falecidos e bem assim dos que se encontravam dispersos por outras actividades, assiste-se, ao longo do século XVI, a um aumento do protagonismo daquelas tropas, acentuando-se a sua importância na ordem inversa do decréscimo do número de militares oriundos do Reino.
O recurso sistemático à utilização de tropas locais e o apreço que lhes foi sendo manifestado por alguns dos principais governadores - sobretudo por Albuquerque, que sempre os recompensou pelos bons serviços prestados à Coroa - não escondem, no entanto, a forte oposição que lhes foi movida por alguns sectores do “Estado da Índia”. Com efeito, os fidalgos e uma parte significativa dos homens de armas que gravitavam em seu torno sempre nutriram pelas forças locais um grande desprezo. Diferentes concepções técnico-tácticas relativamente à "arte da guerra" e todo um conjunto de preconceitos relativamente às aptidões militares dessas tropas - a quem apelidavam de “negrinhos nús” -, agravados pela necessidade de partilhar uma função que entendiam exclusiva, estiveram na base dessa animosidade.


..................A maior aptidão dos “casados” para actuarem como tropas de segunda linha não os impediu, ainda, de participar em acções militares navais de carácter punitivo ou de conquista, sobretudo quando se encontravam a residir em fortalezas que, como a de Moçambique, por exemplo, eram de difícil socorro em homens e materiais, encontrando-se, por isso, mais dependentes dos seus efectivos.
Esse grupo desempenhou igualmente um papel de grande importância enquanto elemento financiador de muitas das expedições militares do Estado ao longo do século XVI - facto fácilmente detectável através de um rápido olhar sobre as Crónicas da época -, contribuindo não só com o "cabedal” necessário ao apresto das armadas e ao pagamento das gentes, mas armando eles próprios os seus navios, ou emprestando os seus escravos e criadagem para a chusma dos navios ou para as forças de peleja.
Quando estabelecidos em locais situados fora da alçada dos oficiais da Coroa, como sucedia um pouco por todo o Golfo de Bengala ou no Extremo-Oriente - em Macau -, souberam organizar-se e criar as estruturas necessárias à sua defesa e ao desenvolvimento das suas actividades comerciais, acabando mesmo por substituir-se à Coroa e aos seus agentes, com quem mantiveram, não raras vezes, relações de grande conflitualidade.




Diplomacia e mentalidade nas relações do Estado da Índia com os potentados vizinhos na governação do Vice-rei Vasco Fernandes César de Menezes




No contexto indiano de setecentos, constavam ainda as dominações das potências europeias. Os Holandeses ocupavam Jaffna, Nagapatão e Cochim, os Ingleses com a sua Companhia Inglesa das Índias Orientais, posicionavam-se em Madrasta, Bombaim (cedida pelos Portugueses), Calcutá e Surrate. Os Franceses possuíam o entreposto de Pondichery a sul de Madrasta. Também os Dinamarqueses rumaram à Índia estabelecendo-se em Tranquebar na Costa do Coramandel.[9]


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