lunes, 4 de mayo de 2009

Reyes orientales en Portugal (Ceilán , Maldivas)


IGREJA E ANTIGO ORATÓRIO CONVENTUAL DE SANTA CATARINA, DE ALENQUER
............Mas ainda voltando ao pequeno claustro, aí podemos testemunhar a existência duma lápide na parede relativa à sepultura no chão do Rei do Pegu. O rei foi um Português de têmpera, e o Pegu foi um Estado do grande império Indo-China, mais própriamente na Birmânia. Decorria o fim do século XVI, portanto 1590/99 e Salvador Ribeiro de Sousa, comendador da Ordem de Cristo, natural de Guimarães fora eleito Rei pelo povo do Reino do Pegu. Este capitão português comandava as tropas do rei de Arakan e recebeu licença para fundar uma Casa e Alfândega em Sirião. Intrometeu-se, porém, um "infiel" e ambicioso amigo que transformou esta cedência real numa base de negócios para os portugueses. O rei de Arakan indignado retaliou atacando Salvador Ribeiro de Sousa que se refugiou na fortaleza de Pegu e com um punhado de homens desbaratou uma esquadra de mais de 1000 barcos e 40.000 homens que o cercavam, que acabaram por retirar depois de muitas baixas. A fama desta proeza correu o Indo-China e os habitantes de Pegu deram a sua Corôa a este guerreiro português. O nome de Salvador Ribeiro de Sousa soa na nossa história como comparável à heróica façanha de Marco Aurélio, na Roma Imperial à beira da decadência. O regresso de Salvador Ribeiro de Sousa foi pretexto para assunto de romance em verso de Morais Sarmento, intitulado "O Massinga".
Fontes: Alemquer e o Seu Concelho, de Guilherme João Carlos Henriques - 1873. Carlos Nogueira

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