DIBUJO:Rugendas - Escravos de Moçambique
Em outro testemunho de época, a primazia pela aquisição do escravo mina pelos habitantes de Minas, se deve a outro motivo. Na carta de Tomás Francisco Xavier Hares, de 1752, sugerindo ao rei D. Jose I uma série de medidas para recuperar as minas de diamantes, fica evidente que, “[...] os mineiros [estimam os] negros da Costa da Mina; porque os acharam mais aptos pa o trabalho”337, não apenas da extração aurífera, mas também para a execução das demais atividades. A preferência da população mineira pelos escravos mina, segundo
Hares, fez com que as dívidas dos mineradores aumentassem assombrosamente, sobretudo, junto aos comboeiros e negociantes baianos. Neste viés, Hares recomenda ao rei de Portugal a substituição dos escravos da Costa da Mina, mais caros, pelos da África Oriental. E, assim, explica Hares que mesmo sendo os moçambiques inferiores aos minas.
[...] essa diferença só serve pa o particular. O comum chegasse mais pa as fazdas, que menos custava [...]. Alem de que essa diferença da qualidade se exalta em huns gêneros o presso, nam impossibilita nos outros o prestimo; e assim, [...] nam fáram os negros da costa da mina havendo os do Oriente, [pois], com aqueles [os africanos da Costa Oriental] se póde mto bem extrahir o ouro; e fabricar as fazdas, porque sam aptos pa hum, e outro exercicio. Achasse já abonado pela experiencia este prestimo; porque com efeito no Brazil e minas o tem mostrado os negros daquele hemisferio transportados nas Naus, que vem de Moçambique338.
Na correspondência de Hares vislumbra-se que a importância dos escravos minas para a população mineira está no fato destes poderem praticar com alguma vantagem os vários tipos de trabalhos, não havendo uma especialidade declarada dos minas em extrair o ouro. Apesar de Hares não explicar qual a vantagem dos minas para que houvesse a primazia dos habitantes das Minas por eles, como fez o Governador do Rio de Janeiro, ele destaca que os moçambiques seriam capazes de praticar as mesmas atividades que os minas, embora a “qualidade” desses escravos fosse menor que os da Costa da Mina.
Em outro testemunho de época, a primazia pela aquisição do escravo mina pelos habitantes de Minas, se deve a outro motivo. Na carta de Tomás Francisco Xavier Hares, de 1752, sugerindo ao rei D. Jose I uma série de medidas para recuperar as minas de diamantes, fica evidente que, “[...] os mineiros [estimam os] negros da Costa da Mina; porque os acharam mais aptos pa o trabalho”337, não apenas da extração aurífera, mas também para a execução das demais atividades. A preferência da população mineira pelos escravos mina, segundo
Hares, fez com que as dívidas dos mineradores aumentassem assombrosamente, sobretudo, junto aos comboeiros e negociantes baianos. Neste viés, Hares recomenda ao rei de Portugal a substituição dos escravos da Costa da Mina, mais caros, pelos da África Oriental. E, assim, explica Hares que mesmo sendo os moçambiques inferiores aos minas.
[...] essa diferença só serve pa o particular. O comum chegasse mais pa as fazdas, que menos custava [...]. Alem de que essa diferença da qualidade se exalta em huns gêneros o presso, nam impossibilita nos outros o prestimo; e assim, [...] nam fáram os negros da costa da mina havendo os do Oriente, [pois], com aqueles [os africanos da Costa Oriental] se póde mto bem extrahir o ouro; e fabricar as fazdas, porque sam aptos pa hum, e outro exercicio. Achasse já abonado pela experiencia este prestimo; porque com efeito no Brazil e minas o tem mostrado os negros daquele hemisferio transportados nas Naus, que vem de Moçambique338.
Na correspondência de Hares vislumbra-se que a importância dos escravos minas para a população mineira está no fato destes poderem praticar com alguma vantagem os vários tipos de trabalhos, não havendo uma especialidade declarada dos minas em extrair o ouro. Apesar de Hares não explicar qual a vantagem dos minas para que houvesse a primazia dos habitantes das Minas por eles, como fez o Governador do Rio de Janeiro, ele destaca que os moçambiques seriam capazes de praticar as mesmas atividades que os minas, embora a “qualidade” desses escravos fosse menor que os da Costa da Mina.
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