jueves, 1 de enero de 2009

Macaenses em trânsito: o Império em fragmentos (São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa, Macau)”

""Sino-moçambicanos ,grupo remanescente da comuniudade chinesa de Moçambique,sendo que boa parte encontrese no Brasil.""
-1953-1977-Diáspora de macaenses hacia Brasil.
-Para algunos autores: Macaense:Unión hombre portugués con mujer goesa,siamesa,indo-chinesa,malaia o japonesa.
Aqui no Brasil tínhamos que explicar de onde vínhamos e eles pensavam que éramos chineses, porque tínhamos cara de chinês e aí dizíamos que não. Mas tínhamos um problema sério de conflito interno, porque lá a gente considerava os chineses, chineses e nós, portugueses. Aqui nós éramos chineses. Isso cria uma crise de identidade muito forte. Mas, como nossa cultura foi muito ocidentalizada, o nosso convívio dia-a-dia foi mais fácil ( Doré, 2001: 123).
No depoimento de João Pedro de Senna Fernandes Canavarro Nolasco, que nasceu em 1948, nota-se a necessidade de explicar a aparente ambigüidade de ser um português que nasceu na China: Falavam: - Macau é na África? – Eu – não, não é na África. –Vem cá japonês... – não é japonês. – Então, você é chinês? –Também não, português. –Como você nasce na China e é português? Tinha essa confusão. Ainda mais que tinha o nome grande – João Pedro de Senna Fernandes Canavarro Nolasco da Silva – e chamava mais atenção. Na China o nome é curto... Eles achavam um lugar estranho. Depois, quando cheguei ao ginásio, um cara veio falar que tinha sítio e que Macau era raça de porco. Eu fui olhar no dicionário e era mesmo, Macau é uma raça de porco. Não tinha referência à colônia portuguesa nem nada. Só dizia Macau raça de porco. (Doré, 2001: 213).
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