sábado, 17 de enero de 2009

Lisboa -Cochín

OS NAVIOS
As cartas de quitação apenas viabilizam para certos períodos uma ima-gem aproximada dos ritmos de produção e confirmam o carácter excepci-onal da actividade da Ribeira das Naus no contexto do reino, não tanto pelonúmero de unidades produzidas — 8 navios: quatro naus, um galeão e trêscara-velões—, mas antes pela tonelagem desses efectivos
11. Neste particular,as diferenças relativamente ao quotidiano do Arsenal de Veneza não são
mais relevantes do que as semelhanças. Mas a escala destas unidades fica,porém, mais reduzida diante do desempenho dos estaleiros ao serviço da Companhia das Índias Orientais, holandesa, um século mais tarde, capazes de lançar ao mar numa década (1690-1699) 90 navios, 33 dos quais de tonelagem equiparável às naus produzidas em Lisboa, 12 entre as 800 e 1000
toneladas e 8 com mais de 1000 12.
A composição das armadas, os calendários de viagem, o regime da carreira e natureza das cargas são dos aspectos mais bem tratados13. Se ficaram os nomes de centenas de navios que fizeram a viagem Lisboa-Cochim ou Goa14, pouco se sabe da sua tonelagem média, embora se reconheça uma tendência para o seu gigantismo a partir da década de 50 do século xvi. Questão complexa e de resposta não linear. As fontes são omissas quanto à arqueação da maioria dos navios e, quando conhecida, o facto de vários terem tomado nomes idênticos na mesma época em que estão em funções acresce as dificul-dades do investigador.
http://74.125.77.132/search?q=cache:8ql-ayP9Q2EJ:analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223394132T7qWY0tz6Zx28LH5.pdf+linha+Lisboa-Cochim&hl=es&ct=clnk&cd=4

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