Jihad, Cativeiro e Redenção:
escravidão, resistência e irmandade,
Sudão Central e Bahia
(1835)
José Antônio Teófilo Cairus
O sufismo tem recebido muita atenção dos intelectuais ocidentais. No Brasil, particularmente, os estudos sobre sufismo, suas práticas e desenvolvimento histórico são praticamente inexistentes. Sendo uma atividade basicamente contemplativa, mística e fundamentalmente emocional, sua prática foi difundida por todo mundo islâmico através da expansão das tariqas e das suas ordens religiosas disseminadas entre a população.
243 Ver a saga de Jawdar Pasha, o espanhol que chefiou os exércitos do sultão marroquino Mawlay Ahmad al-Mansur em um fantástico raid através do Saara, entre 1591-1599, que conquistou Songhai (Tombuctu). As forças marroquinas eram compostas de uma amálgama de etnias (árabes, bérberes, renegados espanhóis, andaluzes, negros, europeus, eslavos, índios americanos, inclusive do Brasil). Em grande esses homens eram produtos dos estragos causados pelos corsários turcos ou aventureiros em busca de dinheiro rápido. Existe uma possibilidade que prisioneiros da Batalha dos Trois Rois (Três Reis) em 1578, terem sido utilizados. Ver
HAÏDARA, Ismael D. Jawdar Pasha et La Conquête Saâdienne du Songhay (1591-1599). Rabat: l’Institutdes Etudes Africaines, 1996.
http://www.casadasafricas.org.br/site/img/upload/712324.pdf
Nudez dos índios tupinambás
Em 1612, o capuchinho francês Claude d’Abbeville chegou ao Maranhão como membro da missão religiosa que acompanhava a expedição de La Ravardière. Após retornar à França, publicou em 1614 a História da missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão, na qual relatou sua experiência de quatro meses no Brasil. Desta obra foi extraído o texto seguinte, sobre a nudez dos índios tupinambás e a maneira como se adornavam.
..................Entre os seis índios que trouxemos para a França, havia um tabajara assim tatuado desde as sobrancelhas até os joelhos mais ou menos. Quando os homens da terra desejam mostrar-se elegantes, como nos dias de cauinagem, de matança dos prisioneiros ou escravos, de perfuração dos lábios de seus filhos, de partida para a guerra ou de outras solenidades, enfeitam-se com penas e outros adornos feitos de penas vermelhas, azuis, verdes, amarelas e de diversas cores vivas que sabem admiravelmente combinar.
[Extraído de Claude d’Abeville. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. 1a ed., 1614. Tradução de Sérgio Milliet. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1975, pp. 216-21.]
http://www.historiadobrasil.com.br/viagem/docs01.htm#01d06
escravidão, resistência e irmandade,
Sudão Central e Bahia
(1835)
José Antônio Teófilo Cairus
O sufismo tem recebido muita atenção dos intelectuais ocidentais. No Brasil, particularmente, os estudos sobre sufismo, suas práticas e desenvolvimento histórico são praticamente inexistentes. Sendo uma atividade basicamente contemplativa, mística e fundamentalmente emocional, sua prática foi difundida por todo mundo islâmico através da expansão das tariqas e das suas ordens religiosas disseminadas entre a população.
243 Ver a saga de Jawdar Pasha, o espanhol que chefiou os exércitos do sultão marroquino Mawlay Ahmad al-Mansur em um fantástico raid através do Saara, entre 1591-1599, que conquistou Songhai (Tombuctu). As forças marroquinas eram compostas de uma amálgama de etnias (árabes, bérberes, renegados espanhóis, andaluzes, negros, europeus, eslavos, índios americanos, inclusive do Brasil). Em grande esses homens eram produtos dos estragos causados pelos corsários turcos ou aventureiros em busca de dinheiro rápido. Existe uma possibilidade que prisioneiros da Batalha dos Trois Rois (Três Reis) em 1578, terem sido utilizados. Ver
HAÏDARA, Ismael D. Jawdar Pasha et La Conquête Saâdienne du Songhay (1591-1599). Rabat: l’Institutdes Etudes Africaines, 1996.
http://www.casadasafricas.org.br/site/img/upload/712324.pdf
Nudez dos índios tupinambás
Em 1612, o capuchinho francês Claude d’Abbeville chegou ao Maranhão como membro da missão religiosa que acompanhava a expedição de La Ravardière. Após retornar à França, publicou em 1614 a História da missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão, na qual relatou sua experiência de quatro meses no Brasil. Desta obra foi extraído o texto seguinte, sobre a nudez dos índios tupinambás e a maneira como se adornavam.
..................Entre os seis índios que trouxemos para a França, havia um tabajara assim tatuado desde as sobrancelhas até os joelhos mais ou menos. Quando os homens da terra desejam mostrar-se elegantes, como nos dias de cauinagem, de matança dos prisioneiros ou escravos, de perfuração dos lábios de seus filhos, de partida para a guerra ou de outras solenidades, enfeitam-se com penas e outros adornos feitos de penas vermelhas, azuis, verdes, amarelas e de diversas cores vivas que sabem admiravelmente combinar.
[Extraído de Claude d’Abeville. História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. 1a ed., 1614. Tradução de Sérgio Milliet. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Editora da Universidade de São Paulo, 1975, pp. 216-21.]
http://www.historiadobrasil.com.br/viagem/docs01.htm#01d06
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