o alistamento militar serviu como uma saída para as sobrecarregadas prisões civis, incorporando vadios e infratores. Exceção feita em caso de homicidas e outros crimes considerados mais perigosos.12
Esta prática também pode ser encontrada na Bahia, onde mendigos, moleques e vadios poderiam ser recrutados para as Forças Armadas. Segundo Walter Fraga Filho, as autoridades de Salvador muitas vezes não tinham como garantir a reclusão dos presos que lhes eram enviados pelas cadeias do interior, ficando esta situação incontrolável em épocas de instabilidade política, crises na lavoura ou de movimentos sociais diversos. Uma saída sempre lembrada era enviar menores para a Escola de Aprendizes Marinheiros da cidade (fundada em 1840) e recrutar os maiores nas fileiras do Exército ou embarcá-los no primeiro navio da Armada que ancorasse no porto de Salvador. E isto foi realizado diversas vezes ao longo do século XIX.13 Assim, as autoridades conseguiam “esvaziar a cidade de um problema que se avolumava a cada ano” e, ao mesmo tempo, confiavam na “disciplina militar [que] era vista como meio de correção de menores vadios e delinqüentes”.14
http://www.crimenysociedad.com.ar/wp-content/uploads/2008/08/pereira-do-nascimento.doc.
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