O jesuíta: um tradutor de dois mundos
Lenin Campos Soares
Bacharel e Licenciado em História/ UFRN
lenincampos@hotmail.com
Os jesuítas então se tornaram essenciais no projeto de colonização português.
Especializados pelo seu treinamento militar, e pela característica tridentina da presença de religiosos com vocação, podiam ser utilizados pelas coroas, sobretudo a portuguesa, sem medo. Mas qual o porquê desta certeza em relação aos jesuítas?
Sabemos que a formação jesuíta era extremamente rígida, além do Radio Studiorum, fundamentada no ensino de Humanidades, Filosofia e Teologia20, havia uma formação que
poderíamos chamar tranqüilamente de militar. Chamados muitas vezes de soldados de Cristo e com uma hierarquia militarizada, os jesuítas estavam preparados para entrar em guerras em nome da Santa Igreja Católica, ou como é possível observar nas Cartas Jesuítas, eles tinham conhecimentosmilitares como engenharia e, no caso da conquista, a possibilidade de se mover entre os dois mundos da fronteira, através do conhecimento da língua dos nativos. Portanto seria simples responder nossa primeira questão: porque os jesuítas são importantes nesta realidade? Os conhecimentos dos padres já explicam esta situação. A especialização que ocorria já na educação dos membros da Ordem inaciana os torna mais aptos a poder agir nas fronteiras.
Além disso, desta importância que as Coroas Ibéricas viam nos jesuítas, os inacianos
entendiam que estavam cumprindo seu papel na conquista. Eles acreditavam que a “dilatação da fé”,como afirma Edgard Leite 21, era o primeiro motor da expansão colonial.
http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/pdf/mneme10/080.pdf
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