Documentos de Trabajo N º 36, CESA, Lisboa, 1995
História e desenvolvimento: Historia y Desarrollo:
dinâmica afro-islâmica na África Oriental african-islámica dinámica en el Este de África
oitocentista decimonoveno
por por
Luís Francisco de Carvalho Luis Francisco de Carvalho
A grande expansão da procura exterior de escravos provenientes da África Oriental, observável a partir de 1770, vai, pois, ter de encontrar outras fontes impulsoras. É a tentativa de transformação das Ilhas Mascarenhas, Ile de France (Maurícia) e Bourbon (Reunião), em economias de plantação, sobretudo vocacionadas para a produção de cana-de-açúcar (à imagem do que sucedia nas Caraíbas), que fornece o principal estímulo à demanda de mão-de-obra escrava levada a cabo pelos franceses. Esta relação com as ilhas francesas do Indico vai explicar a expansão de Quíloa, o principal entreposto de abastecimento, que possibilita alguma resistência dos seus governadores suaíli em face da crescente dominação omanita. No entanto, Quíloa encontrava-se dependente das redes comerciais estabelecidas com os principais centros do norte (onde Zanzibar vai ganhando proeminência), para o abastecimento dos produtos de que necessitava para a captação de escravos oriundos do seu hinterland , acabando por cair na
dominação omanita - sendo as tentativas francesas para reverter a situação, onde avulta a acção de Morice, votadas ao fracasso (vd. Sheriff, 1987, pp.43-46).
Também a partir de Moçambique, o comércio de escravos ganha novo impulso, não só para satisfazer a procura francesa e de Madgáscar, como, principalmente a partir do inicio do séc.XIX, com destino ao Brasil (movimento que se dá igualmente em Angola). De registar, ainda, a presença de navios espanhóis procurando escravos para Cuba e até de alguns negreiros provenientes dos Estados Unidos (vd. Curtin et al., 1978, pp.393-395).
http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/files/DocTrab_36.PDF
História e desenvolvimento: Historia y Desarrollo:
dinâmica afro-islâmica na África Oriental african-islámica dinámica en el Este de África
oitocentista decimonoveno
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Luís Francisco de Carvalho Luis Francisco de Carvalho
A grande expansão da procura exterior de escravos provenientes da África Oriental, observável a partir de 1770, vai, pois, ter de encontrar outras fontes impulsoras. É a tentativa de transformação das Ilhas Mascarenhas, Ile de France (Maurícia) e Bourbon (Reunião), em economias de plantação, sobretudo vocacionadas para a produção de cana-de-açúcar (à imagem do que sucedia nas Caraíbas), que fornece o principal estímulo à demanda de mão-de-obra escrava levada a cabo pelos franceses. Esta relação com as ilhas francesas do Indico vai explicar a expansão de Quíloa, o principal entreposto de abastecimento, que possibilita alguma resistência dos seus governadores suaíli em face da crescente dominação omanita. No entanto, Quíloa encontrava-se dependente das redes comerciais estabelecidas com os principais centros do norte (onde Zanzibar vai ganhando proeminência), para o abastecimento dos produtos de que necessitava para a captação de escravos oriundos do seu hinterland , acabando por cair na
dominação omanita - sendo as tentativas francesas para reverter a situação, onde avulta a acção de Morice, votadas ao fracasso (vd. Sheriff, 1987, pp.43-46).
Também a partir de Moçambique, o comércio de escravos ganha novo impulso, não só para satisfazer a procura francesa e de Madgáscar, como, principalmente a partir do inicio do séc.XIX, com destino ao Brasil (movimento que se dá igualmente em Angola). De registar, ainda, a presença de navios espanhóis procurando escravos para Cuba e até de alguns negreiros provenientes dos Estados Unidos (vd. Curtin et al., 1978, pp.393-395).
http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/files/DocTrab_36.PDF
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