viernes, 12 de diciembre de 2008

Corsario Francés nombrado Marqués de Maranhao

Até julho de 1823, durou a Guerra da Independência na Bahia. Cachoeira insurgiu-se a 25 de junho de 1822 e as hostilidades contra os portugueses principiaram no dia 28. Formou-se no núcleo cachoeirense um Exér cito Libertador, sob o comando de Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, futuro Visconde de Pirajá, constituído de milicianos e patriotas da Bahia e províncias vizinhas. Em julho de 1822, Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque começou a
bloquear a capital da Bahia, onde se encurralara a forte guarnição lusa, composta de veteranos da Guerra Peninsular, sob o comando do General Madeira, apoiados pela esquadra. Até 27 de outubro de 1822, chefiou as tropas brasileiras o Coronel de Cavalaria de Milícias, depois Brigadeiro do Exército e futuro Barão de Belém, Rodrigo Antônio Falcão Bulcão. Nessa data, nomeado pelo Governo do Rio de Janeiro, assumiu o comando o General Pedro Labatut, que a 21
de maio de 1823 foi deposto e preso pelo Coronel Felisberto Gomes Caldeira. O comando coube a 27 de maio ao Coronel José Joaquim de Lima e Silva, no Segundo Reinado Visconde de Magé. O bloqueio de S. Salvador tornou-se mais apertado quando Lorde Cochrane veio com seus navios de guerra e a esquadrilha do heróico oficial de Marinha João de Oliveira Botas pôde desenvolver melhor a sua ação de inquietar constantemente o inimigo. Tornando-se insustentável a situação da praça, o General Madeira embarcou as famílias portuguesas no dia 1º de julho e o seus 6 mil
veteranos na madrugada do dia 2 de julho de 1823, evacuando-a completamente, depois de licenciar os 4 mil milicianos brasileiros às suas ordens. Às 11 horas da manhã de 2 de julho, a esquadra portuguesa fez-se de vela: 30 navios de guerra comboiavam 41 mercantes. A frota de Lorde Cochrane(corsario francés) capturou alguns. As tropas imperiais entraram triunfalmente na cidade à uma hora da tarde.
É cu rioso, porém, que a frota portuguesa de guerra não tenha procurado atacá-lo, para abrir ca minho aos navios de transporte, pois era muito mais forte do que os barcos de corso de Lorde Cochrane. O Maranhão e o Pará, onde havia fracas guarnições lusas, foram logo depois tomados, sem derram mento de sangue. Em recompensa aos seus serviços, Lorde
Cochrane foi elevado a Marquês do Maranhão
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http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/sf000060.pdf

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