viernes, 28 de noviembre de 2008

OS PORTUGUESES E OS REINOS ASIÁTICOS

Podemos dizer que a política da Coroa portuguesa relativa aos homens, seus súditos, que partiram para a Ásia, era dividida em duas categorias: a dos casados, os "uomini maritati", que Fedrici citou ao passar por Ormuz, e a dos soldados. Segundo Charles Boxer, os homens embarcados iam como missionários sob o patrocínio do padroado, enquanto a grande maioria dos leigos ia como soldados. Os fidalgos e soldados que se casavam nas Índias com mulheres da terra, então convertidas, passavam a ser denominados casados, eram geralmente autorizados a deixar o serviço real e se fixavam como comerciantes. Os restantes eram chamados "soldados" e estavam sujeitos a "prestar o serviço militar até morrerem, casarem, desertarem ou ficarem incapacitados por feridas ou doenças"37. Os casados, mesmo não sendo mais homens de armas, eram convocados para defender os enclaves portugueses em momentos de conflito. Usufruíam, no entanto, de alguns privilégios na realização dos negócios. O próprio Fedrici conta que dos casados de Cochim não eram cobrados direitos sobre as duas principais mercadorias comercializadas na cidade: a seda da China e o açúcar do reino de Bengala. Quanto às outras mercadorias, pagavam 4%, enquanto os portugueses não casados ou os estrangeiros pagavam 8%. Além da discriminação que beneficiava os casados, a legislação filipina viria proibir a presença de estrangeiros no Estado da Índia.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882002000200004

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