A história de Mazagão, que hoje se chama El Jadida, começou em 1513, quando foi fundada por portugueses na costa do Marrocos como entreposto comercial. Também servia como apoio para as grandes navegações do país. Tal situação durou até a segunda metade do século 18, quando a coroa avaliou que a luta contra os mouros estava muito onerosa. Em 1770, o Marquês de Pombal, o grande estratega da corte de D. José, resolveu que toda a cidade seria transferida para a Amazónia. Segundo Albuquerque, esse plano era «um projecto de Estado», que visava garantir a soberania do território nacional (o Brasil). Depois de escolhido o local, teve início a construção da Nova Mazagão, planeada pelo arquitecto italiano Domingo Sambucetti. «Vieram para cá 340 famílias, algumas com seus escravos», revela. «Elas chegaram a Belém em 1770 e foram para Mazagão em 1773», disse ainda. Estrategicamente, a povoação tinha como objectivo de dar apoio militar à vila de Macapá, onde fora a Fortaleza São José de Macapá. Tratava-se, portanto, de uma estratégia paramilitar. Em 1783, no entanto, a população da vila foi vítima de uma grande epidemia e, por causa disso, nesse mesmo ano, conseguiu a liberação da rainha Maria I para abandonar o local e ir onde quisesse.
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