jueves, 27 de noviembre de 2008

Ilha Grande-Pirataria e Tráfico de escravos

A história registra um grande número de corsários ingleses que surgiram em nossa costa, ora traficando escravos e contrabandeando pau-brasil , ora abordando navios e saqueando cidades . No Sul, seus lugares preferidos para a espreita eram as ilhas: da Marambaia, dos Porcos , Grande , São Sebastião, Santa Catarina, onde passavam as frotas espanholas e lusitanas que iam e vinham do Prata carregando riquezas, durante os anos de 1585 a 1605.Os holandeses também marcaram presença na Ilha Grande, no início do século XVII. Registraram-se alguns conflitos entre holandeses e mestiços índios-portugueses que habitavam a Ilha. Os holandeses deixaram herança genética na ilha, o que pode ser observada pela presença de nativos com alguns traços índios, olhos azuis e cabelos loiros. Com a invasão holandesa no norte do Brasil, a freqüência daqueles navios tornou-se rara na baía da Ilha Grande.Depois dos holandeses que tiveram passagem curta pela Ilha Grande, vieram os franceses, no início do século XVIII e por 17 anos (1701 - 1718) . Um dos pontos de interesse dos corsários franceses pela Ilha Grande, residia no fato da ilha ser vizinha à Paraty, porto marítimo de escoamento do ouro extraído das minas gerais; a inexistência de fortificações e de tropas; abundância de lenha e água, além do que, preferiam a Ilha Grande para se refrescarem, pois a geografia dela apresentava, ante qualquer surpresa,uma melhor possibilidade de fuga. Existem registros de que vários navios carregados de mercadoria de origem francesa, principalmente de tecidos, descarregaram na Ilha Grande, precisamente nas enseadas das Palmas, Abraão e Sítio Forte.
http://www.ilhagrande.com.br/pages/br_historia_03.html

1726
A Ilha Grande deixa de ser paulista para ser agregada ao Rio de Janeiro, pela insistência de Luiz Vahia Monteiro, que alegava não ter condições de exterminar o contrabando e pirataria enquanto a Ilha Grande não estivesse sob sua jurisdição.
1772
O café perdurou entre 1772 e 1890, chegando, inclusive, a ser exportado para a Europa. Para se ter uma idéia da dimensão dessas atividades na Ilha Grande, apenas uma fazenda, a de Sant'Anna, tinha mais de cinco mil escravos trabalhando nas culturas do café e do açúcar. Com o término de escravos, na segunda metade do século XIX, a cultura do café tornou-se inviável, sendo abandonada. No mesmo período, ocorreu o fim da "Invencível Armada" Lusitana. Desse fato resultou a intensificação do contrabando do Pau-Brasil e muitos outros tipos de contrabando.
1803
O povoado consegue obter identidade jurídica, elevando-se à categoria de Freguesia, de Santana da Ilha Grande de Fora. Tornou-se um famoso entreposto do tráfico ilegal de escravos até a abolição da escravatura em 1888.A Ilha tambem foi elevada à condição de Paróquia, com a construção de capela nas marinhas da Fazenda de Santana, propriedade de Major Bento José da Costa. A construção atual foi terminada em 1843, depois da demolição da primeira igrejinha.
1863
O Imperador Dom Pedro II fez sua primeira visita à Angra dos Reis. Em seu Diário de Viagem, que se encontra no Museu Imperial de Petrópolis, registrou com desenhos e textos a sua passagem pela Ilha Grande, não escondendo o seu encantamento pela singular beleza da Ilha.
1884
O Imperador Dom Pedro II resolveu adquirir a Fazenda do Holandês (hoje, Vila do Abraão) e a de Dois Rios. A propriedade da fazenda do Holandês estava compreendida entre a praia Preta até a atual ponte de atracação do Abraão. A propriedade da Fazenda de Dois Rios, estendia-se desde o Canto da praia de Santo Antônio, próximo a Lopes Mendes até o lugar denominado Mar Virado, perto da Parnaioca.
1886
Na Fazenda do Holandês foi construído o primeiro leprosário do país, batizado de Lazareto, que serviu de centro de triagem e quarentena para os passageiros enfermos que chegavam ao Brasil , mais especificamente nos casos de cólera, chegando a atender mais de quatro mil embarcações durante seus 28 anos de funcionamento.Parada obrigatória de navios negrei­ros, que ali deixam os escravos doentes. Também brancos com diferentes doenças contagiosas são mandados para o local. O imperador Dom Pedro II teve três passagens pelo Lazareto: Em abril de 1886, em agosto de 1889 e, logo em seguida na condição de prisioneiro onde aguardou o transporte que o levaria para o exílio.
1891
Somente depois de proclamada a República, em 1891, é que foram criados dois primeiros distritos: Abraão e Sítio Forte. Durante o governo do marechal Floriano Pei­xoto, o presídio de Fernando de Noronha é transferido para o então desativado Lazareto. Considerada uma cadeia de presos políticos, para lá são enviados oficiais que participaram da Revolta da Marinha.
http://www.ilhagrande.org/Historia-Ilha-Grande/linha-do-tempo.html

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