GRABADO,Detalle:“Plantação de Chá no Jardim Botânico” do artista Johan Moritz Rugendas retrata os chineses fazendo o cultivo do chá no parque, no século XVIII.
La Inmigración China en Brasil.
Silvio Cezar de Souza Lima Doutorando em História das Ciências/FIOCRUZ
Não ficaram sem resposta as investidas em favor da imigração chinesa no final da década de 1870. Neste crepúsculo da ordem imperial, foram principalmente os abolicionistas que se opuseram à imigração asiática. O principal mote era a denúncia de uma nova escravidão, onde chineses substituiriam os negros. A participação de grupos articulados contra a “importação de chins” e a estratégia de denúncia a órgãos internacionais, diplomatas e ainda discursos parlamentares e artigos em jornais correntes e periódicos institucionais aumentou a visibilidade da questão dos chineses. Embora os debates em torno dos chineses ganhassem maiores espaços, os discursos continuam racializados. O Brasil e os chineses
Embora a imagem da China estivesse mudando rapidamente no Ocidente, no Brasil no início do século XIX, os chineses ainda gozavam de boa reputação. Plantas e animais do Oriente tropical e subtropical foram transplantados para o Brasil, dada a semelhança de climas. Foi esta mentalidade que propiciou a contratação de centenas de chineses para o plantio de chá no Jardim Botânico, no início do século XIX. Trazidos por ordem de d. João VI, os chineses teriam como tarefa aclimatar a valiosa planta em terras brasileiras. O chá era um dos principais produtos de comércio no Ocidente, plantá-lo no Brasil aumentaria os lucros da Coroa Portuguesa.
Na antiga Fazenda Santa Maria, atual Hotel Fazenda Arvoredo, é servido aos sábados um chá colonial após a recepção por um barão e uma baronesa. Normalmente, as pessoas perguntam porque o chá e não o café colonial e eu costumo lembrar que, no século XIX, nós tínhamos o Tratado de Mithuen, feito com os ingleses, considerado como o menor tratado da história do mundo (com apenas 2 cláusulas), estabelecendo que o governo brasileiro deveria comprar os produtos manufaturados ingleses enquanto os ingleses dariam preferência aos vinhos verdes portugueses. Esse tratado do século XVIII perdurou até o século seguinte, fazendo com que a nossa dependência fosse muito grande. Depois, com a abertura dos portos às nações amigas, em 1815, nós incorporamos o five o`clock tea, sobretudo a elite brasileira. Quem plantava chá nessa época eram os chineses, o que acabou levando D. João VI a trazer uma colônia de chineses para o Brasil no intuito de plantar chá para a grande capital. O plantio era feito no Jardim Botânico do Rio. http://catalogos.bn.br/redememoria/chineses.html
http://64.233.183.104/search?q=cache:mQqY5-P5j7EJ:www.oguialegal.com/vistachinesa.htm+chineses+jardim+botanico+rio+de+janeiro+cha&hl=es&ct=clnk&cd=4&gl=es
http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/86.pdf
No Museu Botânico, do Jardim Botânico, podem ser encontrados cachimbos de ópio desses chineses, que deu origem inclusive à primeira "boca de fumo" do Rio, que foi a Vista Chinesa. Lá eles paravam, fumavam seu ópio e observavam a vista da cidade.
http://www.revistamuseu.com.br/emfoco/emfoco.asp?id=5369
La Inmigración China en Brasil.
Silvio Cezar de Souza Lima Doutorando em História das Ciências/FIOCRUZ
Não ficaram sem resposta as investidas em favor da imigração chinesa no final da década de 1870. Neste crepúsculo da ordem imperial, foram principalmente os abolicionistas que se opuseram à imigração asiática. O principal mote era a denúncia de uma nova escravidão, onde chineses substituiriam os negros. A participação de grupos articulados contra a “importação de chins” e a estratégia de denúncia a órgãos internacionais, diplomatas e ainda discursos parlamentares e artigos em jornais correntes e periódicos institucionais aumentou a visibilidade da questão dos chineses. Embora os debates em torno dos chineses ganhassem maiores espaços, os discursos continuam racializados. O Brasil e os chineses
Embora a imagem da China estivesse mudando rapidamente no Ocidente, no Brasil no início do século XIX, os chineses ainda gozavam de boa reputação. Plantas e animais do Oriente tropical e subtropical foram transplantados para o Brasil, dada a semelhança de climas. Foi esta mentalidade que propiciou a contratação de centenas de chineses para o plantio de chá no Jardim Botânico, no início do século XIX. Trazidos por ordem de d. João VI, os chineses teriam como tarefa aclimatar a valiosa planta em terras brasileiras. O chá era um dos principais produtos de comércio no Ocidente, plantá-lo no Brasil aumentaria os lucros da Coroa Portuguesa.
Na antiga Fazenda Santa Maria, atual Hotel Fazenda Arvoredo, é servido aos sábados um chá colonial após a recepção por um barão e uma baronesa. Normalmente, as pessoas perguntam porque o chá e não o café colonial e eu costumo lembrar que, no século XIX, nós tínhamos o Tratado de Mithuen, feito com os ingleses, considerado como o menor tratado da história do mundo (com apenas 2 cláusulas), estabelecendo que o governo brasileiro deveria comprar os produtos manufaturados ingleses enquanto os ingleses dariam preferência aos vinhos verdes portugueses. Esse tratado do século XVIII perdurou até o século seguinte, fazendo com que a nossa dependência fosse muito grande. Depois, com a abertura dos portos às nações amigas, em 1815, nós incorporamos o five o`clock tea, sobretudo a elite brasileira. Quem plantava chá nessa época eram os chineses, o que acabou levando D. João VI a trazer uma colônia de chineses para o Brasil no intuito de plantar chá para a grande capital. O plantio era feito no Jardim Botânico do Rio. http://catalogos.bn.br/redememoria/chineses.html
http://64.233.183.104/search?q=cache:mQqY5-P5j7EJ:www.oguialegal.com/vistachinesa.htm+chineses+jardim+botanico+rio+de+janeiro+cha&hl=es&ct=clnk&cd=4&gl=es
http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/86.pdf
No Museu Botânico, do Jardim Botânico, podem ser encontrados cachimbos de ópio desses chineses, que deu origem inclusive à primeira "boca de fumo" do Rio, que foi a Vista Chinesa. Lá eles paravam, fumavam seu ópio e observavam a vista da cidade.
http://www.revistamuseu.com.br/emfoco/emfoco.asp?id=5369
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