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martes, 31 de marzo de 2009

Capoeira: jogo atlético brasileiro



DIPLOMA:Sinhozinho: Exame Preparatório Francês 1904:gentileza Andres L.Lace
Nota del pesquisador: Com o seu conhecimento da língua francesa, poderia Sinhozinho mediar na Missão Francesa em 1906 -Sao Paulo, para a formação da polícia eo exército do Brasil?
Missao Francesa 1906-SP:
http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2008/12/modernizacin-del-ejercito-brasileo.html


Capoeira: jogo atlético brasileiro
Aluno: Joel Pires Marques
DRE: 103124781
Rio de Janeiro, 2006.

Rio de Janeiro, a capoeira de Sinhozinho, Agenor Sampaio:
Rudolf de Otero Hermanny, professor de educação física e jornalista; campeão brasileiro
de judô e campeão pan-americano por equipe; vencedor, como capoeirista, em todas as lutas que realizou (desafios reais); foi preparador físico da Seleção Brasileira de Futebol (Copa do Mundo de 1966); professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e; durante longos e vitoriosos anos, diretor da Academia Rudolf Hermanny, foi aluno de Sinhozinho e, deste, transcreve-se um trecho da sua apresentação do livro “A Volta do Mundo da Capoeira”, de LOPES (1999): “Por volta da década de cinqüenta, Sinhozinho era um personagem muito conhecido no Rio de Janeiro, especialmente em Ipanema e Copacabana. Nascido em Santos, São Paulo, filho do Cel. José Moreira Sampaio, Intendente daquela cidade, já em 1904, Sinhô iniciava sua brilhante carreira de desportista, como
sócio-aluno do Clube Esperia de São Paulo. Ainda em São Paulo, após passar pelo Clube Atlético Paulistano, pela Associação Atlética das Palmeiras, e pelo Clube Força e Coragem, Agenor Sampaio veio para o Rio e não mais saiu. [...]. Logo se tornou conhecido nas rodas esportivas e boêmias da cidade por sua força física e habilidades atléticas, tendo sido instrutor da temida Polícia Especial e, mais tarde, da Polícia Municipal, assim como de inúmeras associações esportivas como Sport Club Mangueira, Ginástico Português, Clube de Regatas do Flamengo, Helênico, Fluminense, América F.C. e várias outras entidades desportivas, valendo destacar o Club Nacional de Gymnastica, criado por ele mesmo, em 1930, para divulgar a Capoeira. [...]. Não se sabe muito bem como e onde Sinhozinho a aprendeu mas já nos anos trinta ensinava [...].
Segundo o que ensinava, os capoeiras de sua época tinham suas especialidades, sendo mais brigadores do que esportistas. Usando de malícia, faziam ataques súbitos e inesperados, procurando colocar os adversários, rapidamente, fora de combate. [...]. Sua capoeira, destituída de ‘orquestra’ – berimbaus, pandeiros, atabaque, agogô e reco-reco, e cânticos – que sempre foi a mola propulsora dos demais tipos de Capoeira, exigia de seus praticantes o máximo de objetividade e resistência a pancadas e a lesões, o que fazia com que muitos iniciantes desistissem. Isto talvez explique porque sua difusão tenha sido limitada enquanto outras formas da capoeira, normalmente com ritmo e canto, começaram a lograr mais sucesso e, atualmente, estejam tomando conta do Brasil e do mundo.” (p. 25 - 26).
http://209.85.229.132/search?q=cache:HWdO_KeF6KYJ:site.educacaofisica.com.br/download.asp%3Ftp%3Dbiblioteca%26id%3D1815+%E2%80%9CClube+For%C3%A7a+e+Coragem%E2%80%9D&cd=2&hl=es&ct=clnk&gl=es

jueves, 19 de marzo de 2009

Zeca Y Sinhozinho "Club Força e Coragem-Sao Paulo


Há Um Século

16 de agosto de 1907, sexta-feira(A coleção não possui exemplar desta data. Notícia de 17/08/07)
Lucta Romana - Do campeão Julio Ghedini recebemos a seguinte carta: “Sr. redactor d’A Cidade De muita boa vontade me permitto responde hoje ao sr. Pedro Puccetti (campeão brasileiro), do club ‘Força e Coragem’(SP) no que se refere ao ‘Desafio’ que o sr. Eugenio Boilau, de modo proprio, lançou em meu nome, ao dito campeão brasileiro. Leia esta notícia na integra http://www.jornalacidade.com.br/noticias/57766/ha-um-seculo.html
Lucta “Puccetti-Ghedini” - Do campeão brasileiro e director do Club “Força e Coragem” de S. Paulo, sr. Pedro Puccetti, recebemos hontem á as 2 horas da tarde o telegramma seguinte, que afixamos a porta da redacção: “Se o professor Giulio Ghedini acceitar as condicções que expuz na secção livre ‘A Cidade de sabbado 14 do corrente, ponha-se a minha disposição, sexta-feira ou sabbado 21, no theatro Carlos Gomes, e telegraphe-me afim de seguir immediatamente”. Puccetti. Leia esta notícia na integra http://www.jornalacidade.com.br/noticias/58878/ha-um-seculo.html
NOTA DEL PESQUISADOR:
O historiador e folclorista Carlos Cavalheiro ressaltou a importância de se aprofundar pesquisa sobre a vida de Sinhozinho, ainda, em Santos e São Paulo capital. É sabido, por entrevista datada de 1º de Setembro de 1931 (Diário de Notícias, RJ. Foto), prestada pelo próprio Sinhozinho(17 anhos), que ele, no ano de 1907, ingressou no Club Força e Coragem, sob a direção de Pedro Pucceti. Também temos informações de que familiares de Sinhô remanesceram em São Paulo, mais precisamente na Mooca.
livro “A Volta do Mundo da Capoeira”, de LOPES (1999):
“Por volta da década de cinqüenta, Sinhozinho era um personagem muito conhecido no Rio de Janeiro, especialmente em Ipanema e Copacabana. Nascido em Santos, São Paulo, filho do Cel. José Moreira Sampaio, Intendente daquela cidade, já em 1904, Sinhô iniciava sua brilhante carreira de desportista, como sócio-aluno do Clube Esperia de São Paulo. Ainda em São Paulo, após passar pelo Clube Atlético Paulistano, pela Associação Atlética das Palmeiras, e pelo Clube Força e Coragem, Agenor Sampaio veio para o Rio e não mais saiu. [...]. Logo se tornou conhecido nas rodas esportivas e boêmias da cidade por sua força física e habilidades atléticas, tendo sido instrutor da temida Polícia Especial e, mais tarde, da Polícia Municipal, assim como de inúmeras
associações esportivas como Sport Club Mangueira, Ginástico Português, Clube de Regatas do Flamengo, Helênico, Fluminense, América F.C. e várias outras entidades desportivas, valendo destacar o Club Nacional de Gymnastica, criado por ele mesmo, em 1930, para divulgar a Capoeira. [...]. Não se sabe muito bem como e onde Sinhozinho a aprendeu mas já nos anos trinta ensinava [...].Segundo o que ensinava, os capoeiras de sua época tinham suas especialidades,
sendo mais brigadores do que esportistas. Usando de malícia, faziam ataques súbitos e inesperados, procurando colocar os adversários, rapidamente, fora de combate. [...]. Sua capoeira, destituída de ‘orquestra’ – berimbaus, pandeiros, atabaque, agogô e reco-reco, e cânticos – que sempre foi a mola propulsora dos demais tipos de Capoeira, exigia de seus praticantes o máximo de objetividade e resistência a pancadas e a lesões, o que fazia com que muitos iniciantes desistissem. Isto talvez explique porque sua difusão tenha sido limitada
enquanto outras formas da capoeira, normalmente com ritmo e canto,começaram a lograr mais sucesso e, atualmente, estejam tomando conta do Brasil e do mundo.”
(p. 25 - 26)

jueves, 15 de enero de 2009

Sinhozinho e a Capoeira dura




As máximas de Sinhozinho revelam um mundo de guerra, em que vivia o matimbeiro. Isto evidenciava porque a capoeira não havia se tornado, no Rio de Janeiro, uma arte de “academias”. Sinhozinho era uma exceção, porque fora instrutor de capoeira na Marinha e da Polícia Especial (depois tornada Polícia de Vigilância). Tinha, pois muitos alunos e amigos na Polícia .
Daí as dificuldades que a “arte do buzo” passou, com o desaparecimento (e policiamento) dos terrenos vazios, ermos etc. A partir dos anos 50, com a abertura de academias Regional e de Angola no Rio de Janeiro, a tendência da matimba foi descaracterizada. Isto é compreensível também pela sua violência, muito mais aberta do que a capoeira baiana e, por isso, identificada como “coisa de malfeitores” no Rio.
Outro ponto que deve haver contribuído para o quase desaparecimento da matimba foi sua consciência mimética, ou seja a ênfase com que ela copiava os animais e era autohipnótica. Uma boa parte do movimento corporal da capoeira hoje é prazer estético, compartilhado com que assiste a roda, particularmente leigos. Esta situação psicológica difere da prática do buzo, em que havia uma ruptura com o público eventual, praticamente ignorado. As constantes saídas do ritmo da ginga, para surpreender o adversário, davam à matimba uma “eletricidade ruim”, bastante similar às brigas verdadeiras, em que o “público” tinha que cuidar-se, para não “levar as sobras”.
O mimetismo impunha uma grande exigência performática ao praticante. Carregadores, estivadores, pescadores e pedreiros de um mundo sem máquinas, descendentes de escravos, encontravam-se fisicamente a altura das demandas étnico-culturais da arte do buzo. No entanto, num ambiente de tratores, caminhões, guindastes e pás-carregadeiras; um mundo em que predomina o trabalho industrial, há uma oferta menor de praticantes potenciais para a arte corpórea ‘Nbantu. A matimba era um modo de vida, em que seus praticantes eram também a “segurança” dos “terreiros-de-santo”. Este ambiente deixou de existir.
O vigor físico dos matimbeiros criou lenda. Sinhozinho dizia que Neném e que Sinhô, “passavam mais tempo no ar do que na terra”. Mas que isso “não seria de admirar em Neném”, que era esguio, mas era assombroso em Sinhô, que “era um negro parol”. Ora, parol é um barril ou caçamba grande, o que significa que Sinhô era gigante. Mangueira, Mangueirinha, Vavá e Waltão, jogadores que conheci, saltavam em “mortais”, deixando os tamancos e enfiavam neles os pés, quando caíam, sem qualquer deslize. Percebe-se a dificuldade, quando se tenta fazê-lo. Vê-los praticar dava-nos a impressão que, qual beija-flores, pairavam, por instantes, no ar, sem respeito pela lei da gravidade.
“Derruba esse nego
bota no chão, quero ver
se ele é bom
oi, derruba esse nego”
etc
No jogo ritmado pelas caixas a velocidade se fazia perigosa, e os pares se substituíam rapidamente. É possível que a explosão vertiginosa da “capoeira dura” no Rio de Janeiro fosse devida a uma grande concentração ali de ex-combatentes dos batalhões especiais da Guerra do Paraguai. Deste modo, a “Corte”, futuro “Distrito Federal”, assistiu uma consolidação da arte corporal mais rapidamente do que a Bahia e o Recife.



Na década de 1930 Sinhozinho ensinava e praticava capoeira em academias e instituições militares, sua capoeira visava um tipo de eficiência que a diferencia da capoeira atual.
Quando perguntado sobre a capoeira do Sinhozinho, Mestre Celso nos respondeu:

“Não cheguei a ver não, na polícia especial tinha uns caras que diziam que eram capoeiristas do Sinhozinho, naquela época eu não cheguei a ver. Eu era garoto meu irmão foi guarda civil. Meu irmão não chegou a fazer isso não, a ser capoeirista do Sinhozinho. Na polícia especial tinha capoeira.” (Mestre Celso, 23/04/2002)