martes, 11 de agosto de 2009

A CAPOEIRA E O ESPORTE

A CAPOEIRA E O ESPORTE: anotações a partir da sociologia figuracional de Norbert Elias LUCENA, Ricardo de F. – DFE/UFPBricoluce@hotmail.com
............No início da década de 1980, novamente Inezil P. Marinho propõe o projeto de Ginástica Brasileira, cuja base seria a capoeira, e apresenta a obra da seguinte forma: "A ginástica brasileira precisa ser institucionalizada, trazendo na sua essência um conteúdo místico, e a capoeira, como algo genuinamente nosso, arraigada a nossa cultura, há de constituir o cerne do trabalho que o autor pretende desenvolver (...) ( Marinho, 1982. p. 15).
E, mais adiante, conclui que "A „Ginástica Brasileira‟, idealizada pelo autor, absorve a capoeira (grifo nosso) em toda a sua amplitude e encontra na música afro-brasileira a espontaneidade do seu ritmo, que nasce de dentro para fora, marcando a cadência de cada movimento" (1982, p.22).
Esse processo de institucionalização avança sobremaneira. Se Marinho não viu se consolidar a capoeira como uma ginástica brasileira, a exemplo da ginástica sueca ou da francesa, certamente deu uma importante contribuição para os caminhos da sua institucionalização enquanto desporto. Assim, em 1990, é criada a Associação Brasileira de Professores de Capoeira; em outubro de 1992, é fundada a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), desvinculando a capoeira da Confederação Brasileira de Pugilismo, dando um caráter de independência a essa prática, que passa a ser gerida por uma confederação própria. Em junho de 1999, em São Paulo, é realizado o I Congresso Técnico Internacional de Capoeira, onde é aprovado o Regulamento Internacional de Capoeira, sacramentando um processo iniciado várias décadas antes, e a respeito do qual serão feitas algumas observações.
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais11/artigos/34%20-%20Lucena.pdf

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