domingo, 4 de enero de 2009

Mozambique

2. A atracção do Brasil em finais do século XVIII.
Só a partir de 1761 - quase uma década depois do início do processo de autonomia administrativa de Moçambique em relação ao Estado da Índia -, o poder metropolitano manifestou especial interesse em dinamizar o comércio com a Índia e alargá-lo a os outros domínios ultramarinos, nomeadamente ao Brasil.
O conjunto de medidas desenvolvidas pela coroa através das instruções dadas a Calixto Pereira de Sá,[7] nomeadamente a concentração e organização das alfândegas e a liberdade de comércio para todos os súbditos da Coroa portuguesa que quisessem negociar nos portos moçambicanos, promoveu o desenvolvimento de toda a actividade comercial na colónia. O afluxo de avultadas somas em dinheiro provenientes do tráfico de escravos em larga escala com as ilhas francesas do Índico e com o Brasil, foram os elementos que mais contribuíram para a criação de um pequeno grupo mercantil relativamente organizado e para a transformação da ilha de Moçambique numa plataforma giratória de mercadorias e homens, convertendo-a num grande centro económico e comercial, no último quartel do século XVIII.
Sem nos deter nos aspectos puramente factuais relacionados com o tráfico de escravos entre Moçambique e a América portuguesa[8] podemos dizer que alguns dos negreiros brasileiros foram autorizados a estabelecerem-se em Moçambique, acabando por se envolver no comércio de cabotagem da África oriental. Foi o que aconteceu em 1761 com José Francisco da Fonseca, capitão da corveta S. Miguel o Anjo, que depois de vender uma das lanchas do seu navio, decidiu fixar-se em Moçambique, possivelmente em Inhambane. Envolveu-se no comércio interno, e fez fortuna no aluguer da corveta, no transporte e no tráfico de escravos, víveres e marfim dos portos da Zambézia para a capital. À data da sua morte, em 1782, Francisco da Fonseca ocupava o cargo de capitão-mor e juiz de Manica, vila que ficava nos confins do sertão zambeziano, e possuía um património considerável composto de objectos de ouro e prata, escravos, tecidos e uma interessante e valiosa biblioteca.
http://www2.iict.pt/index.php?idc=102&idi=12905
Pernambuco, 1821 Tuesday, November 6th
periódico Edad de Ouro, lista de buques inscritos en los tres meses de este año.

Alive. Dead.
1 slave ship from Moyanbique, 25th March, with 313 180
1 do.— 6th March 378 61
1 do.— 30th May 293 10
1do.— 29th June from Molendo, 357 102
1do.— 26th June 233 21
———— 1574 374
http://memory.loc.gov/cgi-bin/ampage?collId=rbbr&fileName=0004//rbbr0004.db&recNum=68&itemLink=r?intldl/ascbrbib:@field(NUMBER+@od1(rbbr+0004))&linkText=0
htm: http://www.gutenberg.org/files/21201/21201-h/21201-h.htm#gate

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