Revoltas regenciais na Corte:
o movimento
de 17 de abril de 1832
Os relatos apontam uma força de cerca de duzentos e cinqüenta a quatrocentos homens,9 em sua maioria composta por criados do Paço imperial, guardas nacionais das freguesias do Engenho
Velho, São Cristóvão e Benfica, oficiais brasileiros e alguns estrangeiros, além de uma chusma de vadios e africanos. No comando,estaria o barão de Bulow,10 coadjuvado pelo coronel Antonio Joaquim da Costa Gavião....................
10 O chamado barão de Bulow, figura obscura, que, segundo o cônsul geral da Prússia no Brasil, sequer possuía tal título (Aurora Fluminense, n. 611, 30.3.1832), era redator do jornal caramuru O Carijó. Chamava-se Augusto Hugo Auf Hoiser, nasceu em Hanover, Alemanha, em 1797 ou 1798, e naturalizou-se espanhol ao servir como oficial na guarda de corpo de Fernando VII, tendo, ao que parece, participado das lutas liberais de 1820 na Espanha. Pouco antes, teria estado em Nápoles (também palco, naquele ano, de uma revolução liberal), onde se juntou
ao séquito do príncipe Saxonia Teschen, pai da rainha daquele reino e da esposa do rei espanhol. Mas, segundo Carl Seidler, seu patrício, o “D. Quixote alemão”, acabou expulso da Espanha por dar sumiço em uma sentença de morte contra um conterrâneo. Partiu então para Buenos Aires, onde se meteu nos negócios políticos locais, sendo por isso preso e condenado à forca, mas foi beneficiado com a conversão da pena em deportação perpétua. Daí veio, em data ignorada, para o
Brasil, passando talvez a integrar (juntamente com Seidler) as tropas alemãs contratadas por Pedro I. O fato é que, logo após a Abdicação, aparecia já como redator d’O Americano, jornal associado aos moderados, e se tornou comandante da Guarda Municipal do Engenho Velho, que participou, a 7 de outubro de 1831, do ataque aos rebeldes exaltados da Ilha das Cobras. Não são conhecidas as causas de seu rompimento com os moderados e o governo, mas é provável que tenha sido uma suposta promessa não cumprida, feita por um dos regentes, de o nomear
embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
http://www.ufrgs.br/ppghist/19-20art11.pdf
o movimento
de 17 de abril de 1832
Os relatos apontam uma força de cerca de duzentos e cinqüenta a quatrocentos homens,9 em sua maioria composta por criados do Paço imperial, guardas nacionais das freguesias do Engenho
Velho, São Cristóvão e Benfica, oficiais brasileiros e alguns estrangeiros, além de uma chusma de vadios e africanos. No comando,estaria o barão de Bulow,10 coadjuvado pelo coronel Antonio Joaquim da Costa Gavião....................
10 O chamado barão de Bulow, figura obscura, que, segundo o cônsul geral da Prússia no Brasil, sequer possuía tal título (Aurora Fluminense, n. 611, 30.3.1832), era redator do jornal caramuru O Carijó. Chamava-se Augusto Hugo Auf Hoiser, nasceu em Hanover, Alemanha, em 1797 ou 1798, e naturalizou-se espanhol ao servir como oficial na guarda de corpo de Fernando VII, tendo, ao que parece, participado das lutas liberais de 1820 na Espanha. Pouco antes, teria estado em Nápoles (também palco, naquele ano, de uma revolução liberal), onde se juntou
ao séquito do príncipe Saxonia Teschen, pai da rainha daquele reino e da esposa do rei espanhol. Mas, segundo Carl Seidler, seu patrício, o “D. Quixote alemão”, acabou expulso da Espanha por dar sumiço em uma sentença de morte contra um conterrâneo. Partiu então para Buenos Aires, onde se meteu nos negócios políticos locais, sendo por isso preso e condenado à forca, mas foi beneficiado com a conversão da pena em deportação perpétua. Daí veio, em data ignorada, para o
Brasil, passando talvez a integrar (juntamente com Seidler) as tropas alemãs contratadas por Pedro I. O fato é que, logo após a Abdicação, aparecia já como redator d’O Americano, jornal associado aos moderados, e se tornou comandante da Guarda Municipal do Engenho Velho, que participou, a 7 de outubro de 1831, do ataque aos rebeldes exaltados da Ilha das Cobras. Não são conhecidas as causas de seu rompimento com os moderados e o governo, mas é provável que tenha sido uma suposta promessa não cumprida, feita por um dos regentes, de o nomear
embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
http://www.ufrgs.br/ppghist/19-20art11.pdf
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