Conclusão :Atualmente, predomina entre os acadêmicos a hipótese de que, nos séculos próximos ao começo da era comum, houve uma transformação no grupo relacionado aos manyaan de Bornéu, que controlavam as principais rotas comerciais marítimas da faixa norte do oceano Índico à Índia. Este grupo, então, velejou até a costa leste da África, onde se misturou com os grupos de língua banto, antes de seguir até Madagáscar; outra opção é que estes grupos tenham navegado diretamente até lá. Entretanto, não há evidência de fixação de população de origem
indonésia na costa leste da África ou de presença humana permanente em Madagáscar antes do século VIII E.C. Ao lado destas dúvidas mais remotas, como foi mostrado acima, também o período da última migração indonésia (protomerina) continua sendo um problema não solucionado. Por fim, é importante reconhecer que o momento em que os protomalgaxes saíram de suas terras e chegaram a Madagáscar, as rotas que seguiram e os motivos que os levaram a abandonar o local de origem e migrar permanecem desconhecidos. É possível apenas afirmar que a origem dos malgaxes tem ocupado a atenção dos estudiosos, mas que, apesar da extensão das pesquisas recentes e do acúmulo de informações de diferentes ordens, estas migrações permanecem ainda como um enigma.
63 Al-Idrisi Al-Kitab al-Rujari.
64 Ottino defende que Zafiraminia fundou a dinastia na costa leste e, no começo do século XIV, o
primeiro Andriana dos Merina. Ottino, “The Malagasy Andriambahoaka...”, p. 223; Vérin, The History
of Civilisation..., op. cit., p. 35; Marschall, “Indonesia and Northwest Madagascar”, op. cit., p. 14.
65.Dewar, “Madagascar: Early Settlement”, op. cit., p. 73.
66 Vérin, The History of Civilisation..., op. cit., pp. 7-8.
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