domingo, 21 de diciembre de 2008

A fragata Santo António de Tanna (1697)

A fragata Santo António de Tanna foi construída em Baçaim, na Índia, com boa madeira de teca, tendo sido lançada à água em 1681, três anos depois de ter sido começada. Em 1696, ano em que armava 50 canhões e transportava entre 100 a 125 soldados e marinheiros portugueses e luso-indianos, foi enviada até ao Quénia, naquela que se revelaria ser a sua última viagem.Com efeito, quando os árabes Omanis cercaram a fortaleza portuguesa de Mombaça, a situação portuguesa no Índico não era a mais favorável. Acossados pelos holandeses, franceses e britânicos, os vice-reis da Índia não tinham mãos a medir nem recursos em qualidade e quantidade suficientes para acudir a todos locais em disputa. Foi assim que, para aliviar o forte português de um cerco a todos os títulos perigoso, a frota que se enviou até Mombaça não era mais nem menos do que composta por uma fragata mal armada e por duas pequenas galiotas. O resultado não se fez esperar: ancorada ao largo de cidade, a fragata viu as suas amarras cortadas pelos tiros de artilharia dos sitiantes. Em plena maré vazia, à deriva na corrente, o navio de teca acabou por dar em seco nuns recifes junto ao forte de Jesus, perdendo-se o leme no processo. Quando a maré voltou a encher, abriu água e afundou-se no porto, onde permaneceu, sob areias, lodos e vazas, até que foi descoberta em 1976, tarde demais para poder socorrer o forte do Bom Jesus de Mombaça que tombara ao cerco de 1697.Convidado a fazer uma análise preliminar do local, o arqueólogo Robin Piercy, do Institute of Nautical Archaeology (INA) levou a cabo uma campanha de escavações, que decorreu entre 1977 e 1980. Foram descobertos mais de 30 metros de casco, de fora a fora, bem como milhares de artefactos de finais do século XVII.
A galera Correio d’Ázia (1816) era uma galera mercante, registada na praça de Lisboa, propriedade de José Nunes da Silveira, comerciante de Lisboa. Fazia o percurso metrópole-Macau desde pelo menos 1813, transportando sobretudo chá, gangas, canela, sedas, porcelanas da China e anfitião – termo pelo qual se conhecia então o ópio. Em todas as anteriores viagens, o Correio fizera sempre escala no Brasil e demais portos a meio caminho. Curiosamente, em 1816, a sua rota era “em direitura”, sem escalas - seria por levar a bordo 106.500 patacas, cerca de 2.5 toneladas de prata em reales-de-a-ocho espanhóis cunhados no México, correspondentes, hoje, a mais de 2,6 milhões de euros? Dinheiro cujo destino final permanece uma incógnita, já que no naufrágio, a crer nas palavras do capitão se perdeo tudo a excepção de huma somma de dinheiro (com raros trastes e fatos dos alguns naufragantes) que unicamente se salvou pela occurencia de couzas naquela critica situação.
http://74.125.77.132/search?q=cache:Vg415eHxLTcJ:naufragium.blogspot.com/2005_09_01_archive.html+galeao+Sacramento+naufrag%C3%B3+1668+brasil&hl=es&ct=clnk&cd=3

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