CAPÍTULO III - A pesquisa sobre o objeto museal: Lavabo, porcelana chinesa, tipo exportação, século XVIII
O comércio com a China
.................Apesar dos estudos para a construção naval e das tecnologias aplicadas as embarcações eram desprovidas de conforto inseguras e insalubres, a tripulação era colocada em risco, visto que as maiores baixas dos tripulantes nas longas viagens eram causadas em grande parte pela disenteria, tifo, pneumonia etc., chegando a acontecer 496 mortes de um navio com 580 homens na sua tripulação.
Neste sentido, para retornar ao país de origem, eram recrutados homens para substituírem os mortos durante a viagem de ida, assim, eram contratados como marinheiros: chineses, javaneses, malaios e árabes, sendo que o tempo de engajamento durava cinco anos, podendo ser prorrogado em casos como mau procedimento a bordo, esta era a forma para punir um mau marinheiro.
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Com relação às rotas, as caravelas para realizarem tal empreitada seguiam algumas rotas, esses navios com suas tripulações saiam da Europa costeando a África, atravessavam zonas de calmarias à altura do Equador com o objetivo de atingir o Cabo da Boa Esperança que era a rota para se chegar ao Canal de Moçambique, o que demandava só nesse percurso três ou mais meses, uma alternativa que reduzia em alguns meses esta viagem era a Rota Brasil, porque o navio afastava-se da África em direção ao Cabo da Boa Esperança. Essa rota foi usada até o século XVII.
http://cadernosociomuseologia.ulusofona.pt/Arquivo/sociomuseologia_1_22/Cadernos%2011%20-1998.pdf
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