305 Estes povos da costa, pertencentes à rede cultural dos portos do litoral leste africano, desenvolveram um idioma próprio, de raiz banto – o ki-swahili – que se transformou numa língua franca falada desde o paralelo 2 Norte (região de Lamu) até o paralelo 15 Sul (região de Moçambique e noroeste de Madagáscar). Na base de sua cultura encontram-se duas áreas distintas – a perso-árabe e africana negra -, que evoluíram no entido de uma simbiose, em que se manifesta, nas suas organizações sócio-políticas, a força do elemento africano e a plasticidade do islamismo.
O termo suahíli refere-se a algo bem mais amplo que um agrupamento étnico. Pois trata-se de um conjunto de povos culturalmente islamizados localizados ao sul de Mogadiscio, diferenciando-se dos africanos continentais pelo seu modo de vida, mais ligado ao comércio e às atividades marítimas como a pesca, a navegação e, a partir dos anos finais do século XVIII, ao tráfico de escravos para as Américas, além da sua tradicional participação na rota oriental de comércio de escravos.306
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/7418/1/JRBPortella_tese.pdf
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