viernes, 28 de noviembre de 2008

OS PORTUGUESES E A ÁSIA MARÍTIMA, C. 1500 - C. 1640

Continua a ser certo que, pelo menos até 1616, altura em que passa a ser utilizada a nova rota do Sul que une directamente a Indonésia ao Cabo da Boa Esperança, eram regulares os percursos que se faziam ao largo da costa indiana, tocavam ocasionalmente Ceilão e se dirigiam para o Arquipélago, estando por detrás de tudo isto os interesses pelo comércio dos algodões, aos quais o mercado das especiarias, menos monetarizado que o indiano, é mais receptivo que em relação à prata ou ao ouro (para a Europa, o Coromandel holandês pouco mais exporta que índigo).
Contudo, estes acessos pioneiros ao Coromandel, tal como a toda a região a Oeste de Malaca (nota para a sucessão de feitorias do Guzerate, que se inicia em Surrate na peugada dos ingleses, continua em Broach/Bharuch, Baroda, Cambaia e Ahmedabad/Ahmadábád e se estende ao interior, a Burhanpur e Agra), são percebidos como complementares e encontram-se subordinados aos interesses da Companhia na Indonésia e nos Mares da China, sobretudo desde que acontece a fundação de Batávia. Dão-se recuos, como com o enceramento da feitoria de Petapuli, em 1616, se bem que esta seja substituída por outra, em Tirupapaliyur. E tal como não se aceita ainda dar cobertura (até 1638-1639) às iniciativas militares entretanto desencadeadas por alguns holandeses em Ceilão, nem no Coromandel nem no Malabar é por enquanto perspectivada a intenção de remover pela força a presença portuguesa[97].
http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-152.htm

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