sábado, 1 de noviembre de 2008

Um estudo sobre o Exército Português e o novo Exército Anglo‑Português em 1808

No final de Janeiro de 1808, Portugal continental ocupado por franceses e espanhóis, vítima de forçadas contribuições de guerra, saqueadas igrejas, conventos, palácios e estabelecimentos comerciais, está completa­mente desarmado – grande parte dos melhores comandantes estão no Brasil ou em França, os seus cavalos foram confiscados, o armamento também e a organização territorial das Milícias e Ordenanças completamente desfeita.
Fora de Portugal, gostaríamos de focalizar a atenção nas forças oriundas do continente:

• Brasil – Foi o território mais afectado pelas guerras napoleónicas. A importante colónia que obteria o estatuto de Reino Unido a Portugal tem, com a presença de D. João VI, um programa de reformas nos anos seguintes que a colocarão com um aparelho militar dos mais evoluídos. Destacamos, ainda no ano de 1808:
o as 17 capitanias que existiam com o seu Capitão-General e as tropas regulares e milícias debaixo do seu comando;
o das forças de primeira linha cerca de 2/3 eram oriundas do continente e além do envio de homens também existiam unidades completas mobilizadas para o Brasil como é o exemplo dos regimentos de Moura, Estremoz e Bragança;estes Regimentos, em conjunto com 2 Regimentos brasileiros e outras forças formavam a Guarda do Vice-Rei.
o foi deste território que partiu uma operação conjunta e combinada Anglo-Portuguesa para conquistar a Guiana francesa:

• em Novembro de 1808 uma Armada Anglo-Portuguesa48 bloqueia a Capital, Cayene;

• em Dezembro uma força terrestre portuguesa de 1 200 homens comandadas pelo Tenente-Coronel Marques de Sousa conquista Oyapoc;

• parte dessa força embarca nos navios e com 80 Royal Marines conquistam a cidade de Cayene em 12 de Janeiro de 1809;

Moçambique – Existia 1 Regimento a 10 Companhias com cerca de 1 000 efectivos e uma Bateria de 100 homens; desde 1790 que houve vários ataques pelos corsários franceses e em 1797 houve um ataque de duas fragatas francesas a Lourenço Marques mas foi estabelecido um acordo entre os dois governadores e as tréguas mantiveram-se até ao final das guerras napoleónicas.

Angola – Existia 1 Regimento de Infantaria, 1 Grupo de Artilharia e 1 Esquadrão de Cavalaria.

Índia – Com o Vice-Rei que controlava os governadores de Macau, Timor e Moçambique, havia uma força bastante bem organizada com 2 Regimentos de Infantaria, 1 Regimento de Artilharia e a Legião dos Voluntários Reais com o total de 5 400 homens (mas dos quais apenas 1 200 eram europeus). Tal como na Madeira houve o reforço britânico em 1801 e 1807 e a partir de 1808 esteve um Batalhão Britânico de Bengala.

Macau – Tinha um destacamento do Regimento de Goa e tal como na Índia e Madeira assistiu-se à presença Britânica em 1801 e 1807, depois houve operações conjuntas da Armada Portuguesa com as Armadas da GB e da China mas para combater piratas e não franceses;

São Tomé e Príncipe/Fernando Pó/Cabo Verde/Guiné-Bissau/Timor – em todas existiam pequenas guarnições de Infantaria com Artilharia. Apenas se assistiu a pequenos episódios entre holandeses e britânicos junto a Timor mas que não ameaçaram os territórios portugueses.
http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=105

No hay comentarios: