jueves, 30 de octubre de 2008

A Interculturalidade na Expansão Portuguesa (Séculos XV-XVIII)

João Paulo Oliveira e Costa
Teresa Lacerda
A manutenção do Império Português exigiu um fluxo constante de oficiais que serviam nos vários palcos ultramarinos 16. Esta itinerância que, por vezes, terminava com a fixação em um dos pontos do Império, ajudou a disseminar instituições e práticas governativas que se tornaram comuns a vários pontos do Globo.Esta emigração que tinha como ponto nevrálgico o Atlântico originou novas sociedades, verdadeiramente interculturais, portadoras de matrizes culturais distintas que, ao longo dos séculos, foram fabricando a sociedade mestiça da América Latina. Mas também em África a fixação de populações de origem europeia criaram a «Nação Crioula» e, mesmo na Ásia, é possível aqui e ali contactar com sociedades mestiças, das quais destacamos a sociedade goesa que ainda hoje distingue Goa do resto da Índia. Aqui se foram traçando alguns dos exemplos, dos muitos que se podem dar, de como os Descobrimentos portugueses fazem parte da génese do longo processo de mundialização que fez espoletar a ideia contemporânea de que o Globo não é mais do que uma pequena aldeia, onde se comunica a uma velocidade assombrosa, onde as causas se disseminam em efeitos que afectam grande parte dos seus habitantes. Um dos antepassados desta aldeia foi, por certo, o Império Português, «um império à escala do Globo, oceânico, o mesmo é dizer, comercial, sem dúvida, mas também fundiário e agrícola. Assim, surgiram as cristandades exóticas. Assim se desenrolou a espantosa diáspora dos Portugueses, trasvasando por todos os mares, ilhas e terras firmes.
http://www.oi.acidi.gov.pt/docs/Col_Portugal_Intercultural/1_Expansao_Portuguesa.pdf

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