Às tropas gentias coube, desde o início, a defesa de Goa, tendo os seus passos sido providos com “peões da terra”, capitaneados por portugueses[2]. Com o correr dos anos, o aumento do número de passos fortificados e a conquista das terras firmes de Salsete e Bardez foram provocando um crescimento do número de efectivos e bem assim dos seus capitães, ao mesmo tempo que as estruturas defensivas se complexificaram, surgindo corpos de espingardeiros da terra e peões para vigiar e correr o campo[3].
Noutros locais, como em Baçaim e Damão, a sua acção foi igualmente decisiva na defesa das suas fortalezas e tranqueiras, tendo sido criados corpos especiais de “frecheiros”, lanceiros e adargueiros que, com o apoio de peões da terra e de Goa[4] comandados pelos seus naiques[5],
Noutros locais, como em Baçaim e Damão, a sua acção foi igualmente decisiva na defesa das suas fortalezas e tranqueiras, tendo sido criados corpos especiais de “frecheiros”, lanceiros e adargueiros que, com o apoio de peões da terra e de Goa[4] comandados pelos seus naiques[5],
[5]Naique era o termo utilizado pelos portugueses para designar o capitão ou chefe dos soldados nativos de infantaria, podendo aparecer por vezes com o sentido de cabo ou capitão em geral. Não confundir com naire, designativo de um indivíduo pertencente a uma casta nobre e militar do Malabar, nome oriundo do malayala nãyar, derivado do sânscrito nãyaka, "chefe, director, guia, condutor". Cf. Sebastião Rudolfo Dalgado, Glossário Luso-Asiático, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1919-21. Integrados também, por vezes, na estrutura militar portuguesa do Oriente encontramos os panicais (que pertenciam à casta naire), mestres de esgrima e ginástica militar e de instrução primária, que eram originários do Malabar.
http://www2.iict.pt/?idc=102&idi=12798#_ftn1
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